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Hage confirma senha de Zelada em vazamento de documentos

“Confirmamos que houve vazamento de informações retiradas do sistema da Petrobras, com uso da senha do senhor Jorge Zelada", afirmou Jorge Hage


	Jorge Hage: o ex-ministro afirmou ainda que o vazamento foi feito de um computador na residência de Zelada
 (Wikimedia Commons)

Jorge Hage: o ex-ministro afirmou ainda que o vazamento foi feito de um computador na residência de Zelada (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 14h21.

Ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage disse hoje (7) que não há qualquer dúvida de que os documentos sigilosos entregues à empresa holandesa SBM Offshore foram enviados com a senha do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, preso no último dia 2 pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).

“Confirmamos que houve vazamento de informações retiradas do sistema da Petrobras, com uso da senha do senhor Jorge Zelada. Ele nega que o fez, mas, no nosso entendimento, é responsável pela senha”, afirmou Hage.

Segundo ele, a confirmação foi um dos motivos que levaram à abertura de um processo contra o ex-diretor da estatal. O ex-ministro afirmou ainda que o vazamento foi feito de um computador na residência de Zelada.

Jorge Hage, que está depondo como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, negou que a CGU tenha protelado as investigações. Ele afirmou que o órgão começou a apurar denúncias de irregularidades 48 horas depois de receber informações de um jornalista estrangeiro.

Ele acrescentou que o resultado foi a abertura de processos contra seis empregados, ex-empregados e ex-diretores da estatal - Renato Duque, Nestor Cerveró, Jorge Zelada, José Orlando Melo de Azevedo, José Augusto Salgado da Silva e José Eduardo Loureiro.

O ex-ministro foi convidado para explicar a acusação do ex-funcionário da SBM Offshore e advogado Jonathan Taylor. O advogado informou que a CGU, por conta do calendário eleitoral, não investigou suspeitas de pagamento de propina no ano passado.

De acordo com a denúncia de Taylor, foram encaminhados documentos ao órgão confirmando que a empresa holandesa pagou US$ 139 milhões ao empresário Júlio Faerman, ex-representante da SBM no Brasil, sendo a maior parte do dinheiro usada para pagamento de propina a diretores da estatal. Taylor explicou que as informações não foram usadas por “motivação política”.

Hage desmentiu o advogado e afirmou que a CGU investiga o caso desde fevereiro de 2014, resultando em 13 processos punitivos contra funcionários da Petrobras, três sindicâncias patrimoniais e o processo de responsabilização de caráter punitivo contra a SBM.

Ainda segundo ele, a controladoria decidiu não usar as informações de Taylor, porque suspeitava que as provas eram ilegais e não acrescentavam às investigações.

“Em nenhum momento disse que eram desprezíveis. Todas as informações foram checadas. Checamos o que confirmamos com prova legal. [As informações de Taylor] chegaram em grande parte atrasadas, porque já estávamos investigando. Já tínhamos obtido muita coisa e não poderíamos utilizá-las porque não eram legitimas”, concluiu Jorge Hage.

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