Haddad usou o Twitter para criticar o presidente Jair Bolsonaro em relação à flexibilização da posse de armas (Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 17h46.
Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 19h11.
São Paulo - Candidato derrotado à Presidência da República, o petista Fernando Haddad usou o Twitter para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação à flexibilização da posse de armas defendida pelo presidente. "A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema", criticou Haddad. Hoje, 15, Bolsonaro assinou decreto que altera regras para facilitar a posse de armas de fogo.
O petista não fez referência a nenhum projeto específico de Bolsonaro e emendou a crítica ao presidente, dizendo que a segurança pública é um direito assegurado pelo Estado moderno. Haddad escreveu que "a liberação de armas nos remete à pré-modernidade", o que levaria "à privatização desse serviço público".
Pouca gente sabe, mas segurança é dos primeiros direitos assegurados pelo Estado moderno. A liberação de armas nos remete à pré-modernidade e nos conduzirá à privatização desse serviço público. A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) January 15, 2019
Em 2008, em entrevista à BBC, Bolsonaro, que era deputado federal pelo Rio de Janeiro, sinalizou legitimar a ação de milicianos. "As milícias oferecem segurança e, desta forma, conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades. O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas. E, talvez, no futuro, deveria legalizá-las", afirmou. Em 2018, Bolsonaro disse ao O Globo que as milícias "acabaram se desvirtuando" quando começam a cobrar "gatonet" e gás.