Fernando Haddad: segundo o prefeito, a Prefeitura tem um ano de prazo para tomar as decisões relativas à empresa, após o fim do estudo realizado (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 15h12.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que estuda a criação de uma companhia estatal de ônibus. O objetivo seria que a empresa pública atuasse em casos de emergência e em áreas deficitárias. Haddad afirma que a empresa serviria para dar mais segurança ao sistema de transporte.
"Não uma companhia que absorvesse todo o sistema, como a antiga CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), mas uma companhia que em casos como esse (de paralisação) tenha condições de operar o sistema sem prejuízo para a população", afirma.
De acordo com ele, o fato de não haver uma frota própria atrapalha a Prefeitura de São Paulo. Haddad definiu a empresa como um Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) "melhorado".
O prefeito de São Paulo diz que a companhia poderia operar, definitivamente, em determinadas áreas da capital paulista. "Isso pode vir a acontecer numa área específica, até para haver uma comparabilidade com o setor privado. Nós estabeleceríamos marcos de eficiência do setor privado e setor público, no sentido de dar mais transparência para o sistema", diz.
Segundo Haddad, a Prefeitura tem um ano de prazo para tomar as decisões relativas à empresa, após o fim do estudo realizado. O prefeito também afirmou que pretende descredenciar as duas empresas de ônibus cujos funcionários entraram em greve na manhã desta quarta-feira, 4, prejudicando 200 mil passageiros.
Conforme Haddad, as viações Itaquera Brasil, na zona leste, e Oak Tree, na zona oeste, não têm honrado com as obrigações trabalhistas. O prefeito afirma que as empresas recebem repasses, "religiosamente", de acordo com o contrato assinado pela Prefeitura paulistana.
"Se o empresário não tem condições de prestar o serviço, ele tem de abrir mão do contrato", diz. Haddad quer fazer um contrato de emergência para substituir as empresas. "É um distrato o que nós vamos propor", afirma.
O prefeito afirma achar difícil que as empresas consigam dar garantias de que podem fazer o serviço, uma vez que vêm desrespeitando acordos reincidentemente.