Brasil

Haddad proíbe novos gastos da Prefeitura até fim do ano

Proibição de Haddad exclui apenas salários de servidores e despesas com encargos gerais, como contas de luz, água e aluguel

Fernando Haddad: medida é retroativa a 3 de outubro, após a eleição de João Doria (PSDB) (Fernando Pereira/SECOM-PMSP)

Fernando Haddad: medida é retroativa a 3 de outubro, após a eleição de João Doria (PSDB) (Fernando Pereira/SECOM-PMSP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 09h25.

Última atualização em 24 de outubro de 2016 às 15h44.

São Paulo - A pouco mais de dois meses do fim de seu mandato, o prefeito Fernando Haddad (PT) proibiu os órgãos da Prefeitura de realizarem novos gastos até o fim do ano.

A medida exclui apenas pagamentos de salários de funcionários e despesas com encargos gerais, como contas de luz, água e aluguel, e tem efeito retroativo ao dia 3 de outubro, logo após a eleição de João Doria (PSDB), no primeiro turno.

Em decreto publicado no sábado no Diário Oficial, Haddad veda a emissão de novas notas de empenho (contratação de novos serviços) a fornecedores da Prefeitura, como empreiteiras que executam obras públicas.

Qualquer gasto extra precisa ser devidamente justificado e aprovado por uma Junta Orçamentária Financeira até o dia 9 de dezembro.

Segundo a Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico, o decreto tem como objetivo manter o "equilíbrio das contas públicas da cidade de São Paulo, como determina a Lei da Responsabilidade Fiscal", e não afetará a continuidade dos serviços imprescindíveis para a população, como funcionamento de escolas e de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Pelo decreto, as secretarias, autarquias e empresas públicas municipais, como a São Paulo Transporte (SPtrans), podem anular saldos de empenhos de gastos considerados prescindíveis ou que não tenham previsão de realização para viabilizar despesas indispensáveis à continuidade de serviços públicos.

Os empenhos que não puderem ser inscritos como restos a pagar, que é quando o serviço já autorizado ou executado ainda não foi pago, serão cancelados até o dia 16 de dezembro.

Com isso, Haddad pretende deixar o menor valor possível de dívida para o início da gestão João Doria, em janeiro. Na semana passada, após a segunda reunião da equipe de transição, o secretário municipal de Governo, Chico Macena, disse que a Prefeitura tem condições financeiras para pagar fornecedores e servidores.

"Diferente de outras cidades, não temos nenhum problema de receita a pagar aos funcionários e fornecedores, o orçamento está muito equacionado", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadPrefeiturasSão Paulo capital

Mais de Brasil

STF pode rediscutir compensação da desoneração da folha, diz Haddad

Lula confirma Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações após indicação do União Brasil

Revisão da vida toda do INSS: aposentados que receberam a mais não precisarão devolver valores

Haddad: Fazenda ainda não estuda ampliação de isenção de conta de luz