Vista geral das barracas de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) durante protesto na zona leste de São Paulo, próximo do Itaquerão (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 19h25.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), negou nesta quinta-feira, 8, após encontro dos representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) com a presidente Dilma, que tenha feito um acordo para o fim dos protestos.
"Nós não fazemos esse tipo de acordo. O que queremos é que, pacificamente, as pessoas possam apresentar suas reivindicações, o que é normal em uma democracia", afirmou.
"O que nós queremos é que não haja incidentes porque não há necessidade disso quando há diálogo. E nós estamos tendo diálogo", reforçou.
O encontro, que não estava previsto na agenda da presidente Dilma, aconteceu após uma onda de manifestações nesta manhã, 8, em São Paulo. Depois de conseguirem marcar a reunião, os movimentos suspenderam os protestos.
Haddad disse que o encontro com do MTST com a presidente Dilma foi positivo.
"Foi boa (a reunião). Eles apresentaram a pauta de reivindicações, mas aqui hoje é o dia de visitar a Arena", disse, após fazer uma vistoria no estádio do Corinthians na companhia de Dilma e de outras autoridades.
Segundo Haddad, a conversa com o movimento não tratou a questão do terreno invadido ao lado da Arena. "A agenda deles com a presidenta não versou sobre o terreno, versou sobre o Minha Casa Minha Vida em geral.
Estamos trabalhando para viabilizar o Minha Casa Minha Vida em São Paulo", afirmou. Sem dar mais detalhes, o prefeito afirmou que o grupo apresentou uma reivindicação a mais.
"Havia uma suspeita de que se tratava de um contribuinte devedor, isso foi afastado. Não há débitos inscritos do terreno", disse. "Nós estamos em diálogo com o movimento e também com os proprietários que têm os seus direitos."
Abertura
Haddad disse ainda que o Corinthians e a Odebrecht fizeram um grande papel no estádio e que a Prefeitura e o clube estão cumprindo todas as suas obrigações.
"Não temos dúvida de que vai ser uma grande abertura", afirmou, referindo-se à primeira partida da Copa, no dia 12 de junho. Segundo Haddad, a presidente Dilma gostou muito do entorno no estádio.
"Ela classificou como um dos maiores legados da Copa", disse o prefeito.