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Haddad minimiza problemas ocorridos na prova do Enem

Ministro cancela viagem com Lula a Moçambique após novos problemas surgidos com a aplicação das provas do Enem

Senado espera que agora o próprio ministro compareça para dar explicações (Divulgação/AGÊNCIA BRASIL)

Senado espera que agora o próprio ministro compareça para dar explicações (Divulgação/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2010 às 18h51.

Horas depois de a Justiça Federal do Ceará suspender a edição 2010 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação, Fernando Haddad, concedeu entrevista à imprensa minimizando os problemas constatados na aplicação da prova e atribuindo parte deles, como a encadernação equivocada, à gráfica responsável pela impressão. Haddad também disse que o MEC não cogita aplicar a prova de sábado a todos os estudantes, como recomendou a Defensoria Pública da União (DPU).

Na opinião do ministro, não há problemas em aplicar a prova para o universo de estudantes prejudicados, por se tratar de um número "relativamente pequeno de casos". Haddad disse que o MEC vai levar ao conhecimento da Justiça Federal do Ceará as informações que dispõe de que o número de alunos atingidos pelas falhas no último sábado foi pequeno. Além disso, destacou, o MEC vai mostrar que as provas que vierem a ser aplicadas serão rigorosamente comparáveis com as aplicadas no sábado.

"Essa é a força que o Enem tem: poder ser refeito para os casos onde ocorreu qualquer tipo de falha", disse o ministro, acrescentando estar confiante de que, com os dados técnicos que serão apresentados à Justiça, a decisão poderá ser revista. Haddad disse ainda que somente a quebra de isonomia caracteriza a revisão de uma prova, o que, na sua avaliação, não ocorreu.

O ministro contou ainda que, assim que soube do ocorrido, relatou o fato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e solicitou a sua permanência no Brasil. Haddad ia acompanhar o presidente na viagem a Moçambique. Segundo ele, Lula ouviu seu relato e pediu que todas as providências fossem tomadas para preservar o direito dos estudantes.

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