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Haddad: kit anti-homofobia poderá combater outros preconceitos

Além dos homossexuais, o kit poderá incluir outros grupos que são vítimas de discriminação

Haddad não quis definir um prazo para a conclusão do projeto, que teve a produção e a distribuição interrompidas pelo governo na semana passada (Antonio Cruz/ABr)

Haddad não quis definir um prazo para a conclusão do projeto, que teve a produção e a distribuição interrompidas pelo governo na semana passada (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 14h56.

Brasília – O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou hoje (31), durante audiência no Senado Federal, que o kit que estava sendo preparado para combater o preconceito contra homossexuais na escola poderá incluir outros grupos que também são vítimas de discriminação. Segundo ele, a sugestão foi feita pela Frente Parlamentar em Defesa da Família.

“Vou submeter essa consideração para a presidenta para receber as diretrizes [para que o material seja revisado]. Ela [Dilma Rousseff] deixou claro que entendeu que aquele material não estava adequado e pediu para reanalisar o combate à tolerância. Ela compreende que é preciso combater qualquer tipo de preconceito, inclusive a homofobia”, afirmou.

Na semana passada, o governo recuou no projeto de produção e distribuição de materiais às escolas de ensino médio para combater a discriminação à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), após pressão da bancada religiosa. O kit foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. Ele era composto por cadernos de orientação aos docentes e vídeos que abordavam a temática do preconceito, mas foi cancelado depois que a presidenta Dilma Rousseff assistiu a um dos vídeos e não gostou do conteúdo.

Haddad não quis definir um prazo para que o projeto seja concluído e disse que está “ouvindo a sociedade”. Entre os outros temas que poderiam ser incluídos em uma campanha contra o preconceito na escola ele citou a intolerância religiosa, as questões de gênero e o racismo.

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