Brasil

Haddad fala em unir democratas e chama Bolsonaro para debate "olho a olho"

Nós vamos com a força do argumento para defender o Brasil e seu povo, sobretudo o povo mais sofrido do país, afirmou o candidato após resultado

Haddad: ao fazer referência ao resultado das urnas, que apontou vantagem de 18 pontos para Bolsonaro (Paulo Whitaker/Reuters)

Haddad: ao fazer referência ao resultado das urnas, que apontou vantagem de 18 pontos para Bolsonaro (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 22h48.

Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 22h50.

No primeiro pronunciamento após a confirmação da disputa de segundo turno na corrida presidencial, o candidato Fernando Haddad (PT) afirmou haver "muita coisa em jogo" no pleito deste ano e sinalizou a busca de apoio nas próximas três semanas de campanha.

Até a última atualização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista tinha 28,95% dos votos válidos contra 46,26% de Jair Bolsonaro (PSL), com 98,86% das urnas apuradas. O segundo turno será realizado no próximo dia 28 de outubro.

"Esta eleição coloca muita coisa em jogo. O próprio pacto da Constituinte de 1988 está em jogo em função das ameaças que sofre quase diariamente", afirmou.

Em seus discurso, o presidenciável disse que pretende "unir os democratas do Brasil" em torno de um projeto que tenha como prioridade o combate as desigualdades sociais do país e a defesa da soberania nacional e popular.

Ele falou ainda que o segundo turno abre oportunidade para discutir "frente à frente e olho no olho".

"Vamos para o campo democrático com uma única arma: o argumento. Nós vamos com a força do argumento para defender o Brasil e seu povo, sobretudo o povo mais sofrido do país", afirmou.

Ao fazer referência ao resultado das urnas, que apontou vantagem de 18 pontos para Bolsonaro, o petista disse que os números são "expressivos e apontam para os riscos que a democracia corre no país".

As declarações foram dadas em um hotel no bairro do Paraíso, em São Paulo, na presença de dezenas de apoiadores, correligionários e aliados, incluindo a candidata a vice-presidente na chapa, Manuela d'Ávila (PCdoB) e integrantes do PROS, o outro partido que compõe a coligação.

Apoio para o 2º turno

O petista afirmou já ter conversado por telefone com Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede). "Tenho muita consideração por todos e a ideia é manter o diálogo aberto", disse.

Segundo a assessoria do candidato, Haddad trocou telefonemas de cumprimentos com os três adversários, mas ainda não foi definida uma agenda de conversas para viabilizar o apoio deles no segundo turno.

A assessoria de Haddad informou ainda que o governador reeleito da Bahia, Rui Costa (PT), está articulando uma reunião com governadores do PT e aliados para a próxima terça-feira (9), em São Paulo, para discutir o apoio nos estados na sequência da campanha eleitoral.

O presidenciável também deve visitar amanhã (8) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, e em seguida deve conceder uma entrevista coletiva à imprensa.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Fernando HaddadJair BolsonaroLuiz Inácio Lula da SilvaPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha