Qualquer função que Haddad desempenhar no governo Lula, eu tenho certeza de que ele vai desempenhar muito bem" (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de novembro de 2022 às 14h53.
O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento e integrante do governo de transição, Nelson Barbosa, disse há pouco que Fernando Haddad - principal nome cotado para assumir a pasta em janeiro - é "um dos melhores quadros políticos do PT e do Brasil".
"Ele foi um ótimo ministro da Educação, foi um bom prefeito de São Paulo, foi o candidato a presidente quando o presidente Lula não pôde ser, fez uma ótima campanha em São Paulo. Nós estamos fazendo uma proposta de ministério para que o ministro escolhido possa trabalhar", afirmou, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição. "Qualquer função que Haddad desempenhar no governo Lula, eu tenho certeza de que ele vai desempenhar muito bem", enfatizou.
Barbosa minimizou as resistências do mercado ao nome de Haddad para a Fazenda. "O mercado flutua, vai e volta. Eu acho que (isso melhora) à medida em que o discurso e as propostas começarem a serem definidas mais objetivamente, o que também depende do Congresso. A tramitação da PEC deve diminuir a maior parte desses ruídos sobre valores", respondeu.
Segundo o ex-ministro, o relatório que o GT irá apresentar hoje é preliminar, eminentemente administrativo. "Discutimos o organograma do ministério, pontos de atenção levantados junto ao governo eleito em reuniões técnicas, coisas que precisam ser decididas em dezembro ou no começo de janeiro. As recomendações mais qualitativas de política econômica - inclusive sobre o novo arcabouço fiscal - serão feitas no relatório final, cujo prazo é 12 de dezembro", completou.
Barbosa confirmou que o organograma estudado prevê a divisão do Ministério da Economia em três: Economia, Planejamento e Indústria e Comércio. "A porta para o nome está em aberto, pode ser Economia, Fazenda ou Finanças. Por uma questão de economia de gastos, estamos sugerindo manter o nome Economia", concluiu.
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