Fernando Haddad: "A gestão Doria confunde rombo orçamentário com frustrações de receitas" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de julho de 2017 às 10h56.
São Paulo - A assessoria do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) contra-argumenta as afirmações de que a Prefeitura enfrenta um aumento dos gastos de custeio e falta de verbas. "A gestão Doria confunde rombo orçamentário com frustrações de receitas", diz sua assessoria, por nota oficial, afirmando que essas receitas não realizadas são resultado da crise econômica nacional.
A equipe de Haddad diz que a gestão anterior deixou em caixa, em janeiro deste ano, R$ 5 bilhões para o custeio das obras já contratadas e o balanço com os dados, publicado no Diário Oficial da Cidade, teve assinatura do secretário da Fazenda de Doria, Caio Megale.
Ao comentar os aumentos de gastos de custeio, a gestão petista afirma que o crescimento no período, descontada a inflação, foi de 2%, e serviços públicos como o Leve-Leite, o Passe Livre Estudantil e o bilhete único mensal, que tiveram as regras alteradas pela gestão Doria, foram mantidos mesmo com acréscimo dos demais serviços.
"A renegociação da dívida pública, fato inédito na história da cidade, beneficia a cidade inteira, incluindo a atual gestão. Foi um presente recebido por Doria", destaca a nota. "Com a renegociação, a dívida da cidade caiu de R$ 81 bilhões para R$ 29 bilhões, liberando receitas da ordem de R$ 1,5 bilhão ao ano, que eram usados para pagamento da dívida, para novos investimentos."
A assessoria afirma ainda que "todo governo pode adotar ações como a venda da folha de pagamento do funcionalismo, e Doria também poderá fazê-lo porque o atual contrato vence em 2020, ainda no atual mandado do prefeito", citando que estratégia idêntica havia sido adotada pelo antecessor Gilberto Kassab (PSD), que terminou o mandato em 2012.
A gestão Haddad afirma ainda que as verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que constavam no orçamento, foram incluídas porque o PAC "é uma transferência legal, tem força de lei, e a não inclusão dessas receitas no orçamento poderia inviabilizar eventuais transferências".
A gestão ainda afirma que Haddad foi o prefeito que mais investiu nos últimos 20 anos e que Rogério Ceron, secretário de Finanças do petista, foi convidado para o cargo de secretário adjunto da Fazenda do Estado, no governo Geraldo Alckmin (PSDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.