. (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)
EFE
Publicado em 28 de outubro de 2018 às 21h40.
Fernando Haddad, o candidato do PT derrotado no segundo turno das eleições presidenciais deste domingo, afirmou que, na oposição, exigirá respeito à parte da população que diverge do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
"É uma parte expressiva do povo brasileiro, que precisa ser respeitada neste momento. Que diverge da maioria, tem um outro projeto de Brasil e que merece respeito no dia de hoje", disse Haddad em seu primeiro pronunciamento após a divulgação do resultado das eleições.
Bolsonaro foi eleito presidente hoje com 55,54% dos votos e substituirá Michel Temer a partir do próximo dia 1º de janeiro.
Haddad, que foi o segundo candidato mais votado no primeiro turno com 29% dos votos, conseguiu 44,46% dos sufrágios no segundo turno deste domingo.
No seu pronunciamento após saber da vitória de Bolsonaro, Haddad destacou que respeitará o resultado das urnas, mas se absteve de felicitar seu rival.
"Temos uma tarefa enorme no país que é, em nome da democracia, defender o pensamento, defender as liberdades desses 45 milhões de brasileiros que nos acompanharam até aqui", destacou.
Haddad acrescentou que, apesar de assumir o dever de exercer a oposição, o PT atuará colocando o interesse de todos os brasileiros acima de tudo.
"Nós não vamos deixar esse país pra trás. Nós vamos colocá-lo acima de tudo e nós vamos defender os nossos pontos de vista, respeitando a democracia, respeitando as instituições, mas sem deixar de colocar o nosso ponto de vista, sobretudo o que está em jogo no Brasil a partir de agora", completou.
"Vivemos um período já longo em que as instituições são colocadas a prova a todo instante. A começar de 2016 com o afastamento de Dilma, depois com a prisão injusta do presidente Lula", lamentou.
Além disso, comentou que durante a campanha cruzou com milhares de eleitores que estavam angustiados e com medo diante da eventual vitória eleitoral de Bolsonaro.
Nesse sentido, Haddad disse que o PT não deixará de lutar pelo fortalecimento das instituições até as próximas eleições presidenciais, dentro de quatro anos.
"Não tenham medo. Nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês. Nós abraçaremos a causa de vocês! Contem conosco! Coragem! A vida é feita de coragem! Viva o Brasil", finalizou. EFE