Fernando Haddad pode integrar coalizão para combater o avanço do autoritarismo no mundo (Fernando Haddad/Facebook/Divulgação)
Natália Flach
Publicado em 21 de novembro de 2018 às 12h40.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2019 às 09h04.
São Paulo - O candidato derrotado à presidência da República Fernando Haddad (PT) está avaliando um convite para integrar uma frente progressista internacional.
O convite foi feito pelo ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis, que enviou uma carta ao ex-prefeito de São Paulo. Varoufakis lidera o movimento ao lado do senador americano Bernie Sanders, que perdeu as primárias democratas para Hillary Clinton, em 2016.
O lançamento da frente será realizado em Nova York, no dia primeiro de dezembro. A informação foi divulgada pela seção Painel do jornal Folha de S.Paulo e confirmada por EXAME.
O objetivo da coalizão é combater o avanço do autoritarismo no mundo. Os idealizadores estão preocupados com o cenário político no Brasil, que será presidido por Jair Bolsonaro, a partir do ano que vem, e nos Estados Unidos, que são comandados por Donald Trump.
Em discurso em outubro, Sanders disse que está em curso uma luta de enormes consequências para os Estados Unidos e para o mundo.
"São duas visões concorrentes. Num lado, vemos um crescente movimento mundial em direção ao autoritarismo, oligarquia e cleptocracia. No outro lado, vemos um movimento em direção ao fortalecimento da democracia, do igualitarismo e da justiça econômica, social, racial e ambiental. Nosso trabalho é construir nossa humanidade comum e fazer tudo o que pudermos para nos opor a todas as forças, sejam elas de poder de governo inexplicável ou poder corporativo inexplicável, que tentam nos dividir e nos colocar uns contra os outros. Sabemos que essas forças trabalham juntas derrubando fronteiras. Devemos fazer o mesmo".