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Há pessimismo decorrente de insegurança, diz Aécio

Candidato tucano disse que há pessimismo decorrente da insegurança causada pela falta de clareza da presidente em relação ao futuro

Aécio Neves na inauguração do Comitê da Coligação Muda Brasil, em Belo Horizonte (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aécio Neves na inauguração do Comitê da Coligação Muda Brasil, em Belo Horizonte (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 19h07.

Rio - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira que há pessimismo no País decorrente da insegurança causada pela falta de clareza da presidente Dilma Rousseff em relação ao futuro.

"O pessimismo não é algo patológico, como quer fazer crer o governo. O cenário de pessimismo é consequência de una construção desse governo que gera insegurança em todos os agentes econômicos e na sociedade.

O governo mascara números, faz avaliações sempre confrontadas com a realidade e o ministro Mantega talvez seja o melhor exemplo disso", disse o tucano, depois de participar de gravações para o programa de TV.

Candidata à reeleição, Dilma repete com frequência que é preciso combater o discurso "pessimista" propagado por setores que, segundo ela, tentam influenciar os rumos da eleição.

A exemplo da presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira, que há um "pessimismo artificial " e negou que o governo planeje um "tarifaço" em 2015, para compensar reajustes represados este ano.

Aécio cobrou posição clara da presidente Dilma Rousseff sobre o setor elétrico, relações internacionais, política de desonerações e papel do BNDES, entre outros temas.

Acompanhado da filha mais velha, Gabriela, o candidato gravou no estúdio montado em um hotel da zona sul do Rio. Aécio disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estará em seu programa "na hora que quiser".

Segundo Aécio, os primeiros dias na TV serão dedicados a mostrar a biografia, a família, a trajetória política e os principais pontos do programa de governo. Com o tempo, quando se tornar mais conhecido, as propostas ganharão mais espaço.

O tucano pretende repetir a fórmula de programas do PSDB em que ele procurava falar mais espontaneamente, sem auxílio da tela com o texto pronto (teleprompter).

O formato batizado de "vamos conversar" foi criado pelo antropólogo e publicitário Renato Pereira, que trabalhou com Aécio até dezembro passado, quando o tucano e o marqueteiro romperam, por "diferenças de visões".

O publicitário Paulo Vasconcelos, que já fez várias campanhas para Aécio, assumiu o marketing da campanha presidencial tucana. "As pessoas têm que saber quem eu sou, minha família, minha vida pública.

Saber o que fizemos e o que pretendemos fazer. Esse tripé virá já na largada, com pesos diferentes ao longo da campanha. Setenta por cento dos meus textos não têm teleprompter, eu vou falando e eles (equipe de TV) depois vão cortando. O tom será muito coloquial", afirmou Aécio.

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