Geraldo Alckmin: o governador não especificou quando os resultados do trabalho policial serão divulgados (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2013 às 16h20.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 28, que "uma grande investigação" é feita pela Polícia Civil para avaliar casos de depredações nas grandes manifestações que têm como palco a capital paulista.
De acordo com Alckmin, essa apuração "está caminhando" e deve trazer "novidades". Ele não especificou, porém, quando os resultados do trabalho policial serão divulgados.
"Setenta pessoas já foram presas. Um deles, inclusive, a prisão foi decretada porque foi comprovada sua participação no ataque covarde ao coronel (Reynaldo Simões Rossi, na sexta-feira, 25, por manifestantes no Parque Dom Pedro II). Então, a polícia está agindo. Eles infiltram-se no meio de manifestantes e é preciso separar o joio do trigo", disse, durante uma feira do setor de caminhões no Anhembi, em Santana, na zona norte da capital.
"Há em curso uma grande investigação por parte da Polícia Civil. Eu acho que ela está caminhando e vai trazer aí novidades nesse área." Alckmin comentou ainda suposto atrito entre as Polícias Civil e Militar (PM) na substituição de cargos na cúpula das entidades. Segundo o governador de São Paulo, as trocas são "normais".
Em seguida, o secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, foi questionado, mas não disse quando essa "grande investigação" será finalizada.
"Não posso te dizer se demoram quatro semanas, cinco, seis. Eu não posso. Eu posso te dizer que nós estamos trabalhando, fortemente, para identificar o maior número de pessoas que participam, ativamente, desse movimento, inclusive os líderes, para uma responsabilização mais séria. O que está sendo feito a cada evento é identificar o maior número possível dos responsáveis por algumas depredações, por incêndios."
Ainda conforme Grella, a polícia concentra-se na tentativa de identificar quem quebra patrimônio durante os atos. "Nós não podemos criar provas, nós temos de ir em busca das provas. No Estado Democrático de Direito, nós trabalhamos com provas obtidas legitimamente."
Ele disse também que o governo do estado tem de "percorrer os procedimentos legais" para indiciar os suspeitos. "Não podemos fazer nada açodadamente, sob a pena de levarmos para a Justiça alguém que em dois ou três dias estará solto."