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Guilherme Boulos processa Pablo Marçal por fake news e pede indenização de R$50 mil por danos morais

O empresário e o deputado psolista devem se enfrentar nas urnas na disputa pela prefeitura de São Paulo

Dep. Guilherme Boulos (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Dep. Guilherme Boulos (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de julho de 2024 às 10h08.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) entrou na Justiça contra Pablo Marçal (PRTB-SP) por acusações proferidas pelo o ex-coach durante uma entrevista na semana passada ao podcast "Os Sócios". Na ação protocolada, a defesa do parlamentar afirma que Marçal proferiu "mentiras absurdas e acusações gravíssimas" sobre o trabalho desenvolvido pelo deputado como coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), e pede uma indenização de R$ 50 mil.

Em entrevista na última quinta-feira, o empresário acusou Boulos, sem provas, de cobrar irregularmente aluguel de pessoas em situação de vulnerabilidade. Marçal disse que o deputado psolista coordena a "maior imobiliária irregular" da capital paulista, e que pede R$ 700 das famílias após conseguir moradias.

"Vou revelar isso nessa campanha: ele é a maior imobiliária irregular no estado de São Paulo. Ele coloca a família lá, pode perguntar para as famílias. Cobra R$ 700 desse povo. Tem base um cara desse falar que ajuda o pobre e cobrar aluguel dos caras? Esse cara tem é que pagar imposto da imobiliária dele. É o maior sistema imobiliário que a gente já viu na cidade de São Paulo. Invade coisa dos outros para cobrar de vulnerável", acusou o ex-coach.

A defesa de Boulos solicitou a condenação de Pablo Marçal por fake news, o pagamento da indenização por danos morais e a remoção da entrevista na íntegra e dos cortes do conteúdo disponibilizados online.

Na petição encaminhada à Justiça nesta terça-feira, a representação de Boulos destacou que ele atua há mais de 20 anos pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), grupo que "pressiona o Poder Público a desapropriar imóveis que não cumprem função social e implementar neles políticas públicas de habitação social". O texto também enfatiza que o trabalho do deputado é voltado à implementação do direito à moradia digna, previsto na Constituição.

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