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17/jan/2017 — Guilherme Boulos, líder do MTST, é preso em São Paulo

Boulos estava acompanhando reintegração de posse da ocupação colonial e foi detido acusado de desobediência civil

Guilherme Boulos (Facebook/Reprodução)

Guilherme Boulos (Facebook/Reprodução)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 10h01.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 18h25.

Notícia publicada em 17 de janeiro de 2017

São Paulo - O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi preso na manhã de hoje, 17 de fevereiro de 2017, em São Paulo. As informações foram confirmadas para EXAME.com pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

Ele foi detido enquanto acompanhava a reintegração de posse de uma ocupação em São Mateus, zona leste de São Paulo. Neste momento, Boulos está prestando depoimento na 49ª DP de São Mateus.

Boulos é acusado de desobediência civil, incitação à violência e de participar de ataques com rojão contra a PM.

Em nota, o movimento classifica a prisão como absurda e alega que Boulos procurou mediar o conflito. "Não aceitaremos calados que além de massacrarem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los", afirma a nota.

Segundo o MTST, 3 mil pessoas vivem na ocupação Colonial há mais de um ano.  Imagens publicadas na página do Facebook do movimento mostram que houve confronto entre a polícia e sem  teto. A Tropa de Choque da Polícia Militar dispersou o grupo,  que montou barricadas, utilizando o caminhão com jato d’água, bombas de efeito moral e spray de pimenta.

Polícia realiza reintegração de posse de um terreno ocupado na zona leste de São Paulo em 17/01/2017

Polícia realiza reintegração de posse de um terreno ocupado na zona leste de São Paulo em 17/01/2017

Em nota, a Polícia Militar afirma que a ação teve o objetivo de dar segurança aos oficiais de Justiça no cumprimento da ordem judicial. "Após tentativa de negociação dos oficiais com as famílias, não houve acordo. Os moradores tentaram resistir hostilizando os PMs, arremessando pedras, tijolos e rojões. O grupo ainda montou três barricadas com fogo”, diz a nota.

 

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