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GSI vai instalar vidros blindados e 1.026% mais câmeras em prédios presidenciais

Para o gabinete, atraso no reforço pode ter prejudicado a proteção dos espaços durante os ataques de 8 de janeiro

Palácio do Planalto, em Brasília (DF) (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Palácio do Planalto, em Brasília (DF) (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 18h00.

Última atualização em 28 de novembro de 2023 às 18h20.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República receberá reforços com o objetivo de garantir a integridade das instalações presidenciais, como o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.

O reforço está previsto em uma portaria de 2017, mas só começou a ser implementado em 2022, no que é visto pelo próprio gabinete como um atraso que pode ter prejudicado a proteção dos espaços durante os atos golpistas de 8 de Janeiro.

Foram anunciadas na última segunda-feira, 27, medidas que incluem a instalação de 708 novas câmeras de segurança nos ambientes, o que representa um aumento de 1.026% no atual sistema que conta com 69 equipamentos para o monitoramento de seis instalações: os palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, além do Pavilhão de Metas, da Granja do Torto e anexos.

O general Roberto Peixoto, secretário de Segurança Presidencial do GSI, comentou que as câmeras poderiam ter servido para melhores averiguações dos ataques de 8 de Janeiro, se não houvesse atraso na instalação.

Também está prevista a instalação de vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto, mas a mudança depende da aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que os vidros mais escuros mudam a cor da fachada do prédio histórico. A medida também visa proteger o prédio de cenas como as vistas nos atos antidemocráticos de janeiro.

Outras medidas de segurança anunciadas são a instalação de pinos hidráulicos na base da rampa do Palácio da Alvorada para impedir a passagem de carros, novos painéis para que os seguranças acompanhem as imagens das câmeras, além de novas guaritas com detectores de metal e raio X na entrada dos prédios.

Atualmente, a segurança do presidente e de sua família é feita por um efetivo diário de 310 militares do GSI e do Comando Militar do Planalto.

O anúncio dos equipamentos foi feito poucos meses depois do decreto de reestruturação no órgão. Neste ano, o GSI e a Polícia Federal passaram por um embate sobre a segurança do presidente da República. As mudanças no gabinete foram decretadas em agosto e incluem o desmembramento da Secretaria de Segurança Presidencial em dois departamentos: um totalmente dedicado à segurança presidencial, e, o outro, com atribuições como a coordenação de viagens, eventos e cerimonial.

Acompanhe tudo sobre:BrasíliaCPMI do 8 de janeiro

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