Protesto: mais cedo, professores e profissionais de educação participaram de passeata em defesa da educação pública, que marcou Dia do Professor (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 21h35.
Rio de Janeiro - Um grupo de manifestantes, com rostos cobertos, apedrejou o Consulado dos Estados Unidos. Vidraças do prédio foram quebradas. O grupo jogou pedras nas vidraças.
Os seguranças que estavam dentro do consulado não reagiram. Com pedaços de pau, eles quebraram semáforos e placas de sinalização em frente à representação americana. O grupo foi dispersado com a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar, que lançou bombas de gás lacrimogêneo.
O prédio do Consulado de Angola também teve as vidraças do térreo quebradas, assim como as janelas de uma faculdade. Outros grupos atearam fogo em mesas, cadeiras e caixas de madeira no meio da ruas do centro da cidade.
A polícia está revistando envolvidos nos atos e deteve alguns, que estão sendo levados para as delegacias de polícia.
Na Lapa, muitos bares fecharam as portas, com clientes dentro dos estabelecimentos, com receio de atos de vandalismo. Após o tumulto na Cinelândia, grupos se deslocaram para o bairro. Na altura dos Arcos da Lapa, o trânsito está fechado e os carros estão sendo desviados para ruas próximas. Muitos carros de polícia também estão no local.
Mais cedo, professores e profissionais de educação participaram de uma passeata em defesa da educação pública, e que marcou o Dia do Professor. O protesto seguiu pacífico até as 20h15, quando teve início um tumulto. A maior parte dos participantes da manifestação já havia deixado o protesto com a saída dos carros de som do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
A confusão teve início quando um grupo que estava próximo ao Quartel-General da Polícia Militar (PM), na Rua Evaristo da Veiga, decidiu se deslocar em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
As primeiras bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pela polícia na Rua Araújo Porto Alegre, entre o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. Depois, foram disparadas bombas de gás nas proximidades do Theatro Municipal.
Alguns deles chutaram as bombas de volta em direção aos policiais e dispararam rojões. Muitos estão com os rostos cobertos e alguns têm ligação com o grupo Black Bloc. Um grupo ateou fogo em sacos de lixo. Quando os manifestantes chegaram na Rua Santa Luzia, jogaram pedras nos policiais. Um micro-ônibus da polícia foi depredado e teve os vidros quebrados.