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Grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" sofre ataque de hackers

O grupo, que já passava de 2 milhões de participantes, teve inicialmente o nome alterado para "Mulheres com Bolsonaro #17"

Grupo no Facebook já passava de dois milhões de participantes (Facebook/Reprodução)

Grupo no Facebook já passava de dois milhões de participantes (Facebook/Reprodução)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de setembro de 2018 às 09h43.

Última atualização em 16 de setembro de 2018 às 10h47.

São Paulo - O grupo de Facebook "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" sofreu um ataque de hackers e ficou fora do ar na noite deste sábado (15).

"O grupo foi temporariamente removido após detectarmos atividade suspeita. Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras", informou o Facebook.

De acordo com relatos de membros do grupo, que já passava de 2 milhões de participantes, inicialmente o nome da página foi alterado para "Mulheres com Bolsonaro #17".

Segundo o El País, administradoras do grupo relatam contas invadidas já na sexta-feira (14). Elas dizem ter recebido mensagens com dados pessoais, como forma de intimidação, junto com a exigência de retirar o grupo do ar.

O ocorrido foi comentado no Twitter por Manuela D'Ávila, candidata a vice-presidente pelo PCdoB na chapa liderada por Fernando Haddad (PT).

Histórico

O grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" foi criado como forma de mobilização contra a candidatura do PSL, que lidera atualmente as pesquisas eleitorais.

“Ele representa tudo que é de atraso na luta pelos direitos das mulheres, ele ataca diretamente a licença maternidade, a diferença salarial entre homens e mulheres”, afirmou a publicitária Ludmilla Teixeira, uma das criadoras do grupo, em entrevista a EXAME na semana passada.

O candidato é líder em rejeição na população em geral, e de acordo com o professor de ciência política Jairo Nicolau, da UFRJ, nas últimas eleições “não há casos de um candidato à Presidência com uma discrepância tão grande” entre votos de homens e mulheres.

Entre as iniciativas do grupo estão mobilizações de rua: uma delas, prevista para o dia 29 de setembro no Largo da Batata em São Paulo, já conta com 57 mil confirmados.

Uma resposta virtual foi criada na forma do grupo de apoio Mulheres com Bolsonaro #17 (oficial).

"A gente é a favor da direita conservadora e da política militar. Achamos que com o Bolsonaro vai melhorar muito a segurança e as leis vão ficar mais firmes”, disse a estudante de enfermagem de 23 anos, Raquel Codá, que mora no Rio de Janeiro, a EXAME.

O candidato segue hospitalizado após uma facada durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG) na quinta-feira (06).

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