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Grupo fará mobilização contra impeachment para o 1º de maio

O grupo, que se reuniu hoje (20) na capital paulista, reafirmou que não reconhecerá um eventual governo do vice-presidente Michel Temer


	Impeachment: “Essa segunda etapa de mobilização terá o 1º de maio como um grande dia de mobilização nacional dos trabalhadores"
 (Maurício Grego / EXAME.com)

Impeachment: “Essa segunda etapa de mobilização terá o 1º de maio como um grande dia de mobilização nacional dos trabalhadores" (Maurício Grego / EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 21h01.

Representantes da Frente Brasil Popular preparam uma mobilização nacional contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff para o 1º de maio, Dia do Trabalho, além de outras ações.

O grupo, que se reuniu hoje (20) na capital paulista, reafirmou que não reconhecerá um eventual governo do vice-presidente Michel Temer.

O coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Francisco Bonfim, disse que é preciso ampliar as mobilizações de rua para pressionar o Senado Federal, que após a votação na Câmara analisará o impeachment de Dilma.

“Essa segunda etapa de mobilização terá o 1º de maio como um grande dia de mobilização nacional dos trabalhadores, do conjunto da sociedade, em defesa da democracia, contra o golpe e por nenhum direito a menos, que é o que está por trás desse golpe”, disse.

Integrantes da frente também farão reuniões em Brasília, segundo João Paulo Rodrigues, liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

“Na próxima semana, queremos fazer reuniões importantes tanto com a presidente Dilma, para levar nossa solidariedade, mas acima de tudo [discutir] um programa mínimo que ela deve defender para o próximo período, e também fazer uma reunião no Senado Federal, com a bancada que é contra o golpe e ao mesmo tempo procurar os senadores que ainda estão indecisos nos estados, no intuito de fortalecer a posição da Frente Brasil Popular.”

A presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Beatriz Cerqueira, disse que as centrais sindicais vão discutir a possibilidade de uma greve geral com suas categorias.

“A paralisação é necessária porque somos nós que seremos golpeados, então não é possível que nós, trabalhadores, assistamos parados e bestializados o que está acontecendo no nosso país.”

Segundo Beatriz, “o envolvimento da base das categorias profissionais é essencial e o trabalhador precisa resistir porque a ruptura democrática atinge principalmente esse trabalhador, sua família, o povo”.

João Paulo Rodrigues, do MST, destacou que a Frente Brasil Popular já decidiu que não reconhecerá o governo de Michel Temer caso Dilma seja afastada.

“Não aceitamos e não reconhecemos o governo caso o Michel Temer venha a assumir. Não reconhecemos porque não tem votos e não reconhecemos porque quem definiu pelo impeachment no Congresso não tem autoridade moral para fazer um processo como aquele”, disse.

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