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Grupo de 170 índios ameaça fazer 'suicídio coletivo'

A declaração de morte coletiva feita por um grupo de Guaranis Caiovás do Mato Grosso do Sul, prestes a serem despejados do território da tribo


	Índio Guarani Caiová fixa cruz em cemitério da tribo: a Funai informou que não pode desobedecer ordem de despejo
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Índio Guarani Caiová fixa cruz em cemitério da tribo: a Funai informou que não pode desobedecer ordem de despejo (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 20h52.

Brasília - Um grupo de 170 índios, composto por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, realiza seguidos rituais da etnia a que pertence, guarani-caiová, "prontos para suicídio coletivo", conforme afirmam os líderes do movimento. Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de "suicídio coletivo", conforme afirmaram em carta entregue ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai).

"(...) Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos", diz um trecho da carta indígena. A promessa será cumprida caso seja confirmado o despejo dos manifestantes, após liminar concedida na semana passada, da Fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do Rio Joguico, em Iguatemi, divisa com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul.

A determinação judicial é do juiz federal Henrique Bonachela, que fixou multa de R$ 500,00/dia, por descumprimento da ordem. A Funai informou que não pode desobedecer ordem do magistrado e a tensão aumentou no acampamento, instalado na fazenda há quase um ano. Soldados da Força Nacional e agentes da Polícia Federal, acompanham a movimentação, como observadores e atentos para atuar em qualquer emergência. O Cimi distribuir nota afirmando que a situação no local é "gravíssima".

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