Greve: acampados em frente à Secretaria da Saúde, servidores pedem reajuste salarial de 41,67% para repor, principalmente, as perdas com a inflação (Rovena Rosa / Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2016 às 21h13.
Em greve iniciada no dia 30 de maio, servidores do Hospital das Clínicas de São Paulo se revezam desde a semana passada em um acampamento montado em frente à sede da Secretaria estadual de Saúde, no centro de São Paulo.
Os servidores pedem reajuste salarial de 41,67% para repor, principalmente, as perdas com a inflação. “A adesão está sendo cada dia maior”, disse Sergio de Oliveira, do comando de greve. “O salário é muito baixo e o povo já não aguenta mais. Estamos há muito tempo sem aumento e o governo está sucateando os hospitais, fechando leitos, passando [a administração] para as OS [organizações sociais]”, disse ele.
Na manhã de hoje (20), eles se reuniram com o secretário estadual de saúde, David Uip, e passaram a ele uma lista de reivindicações. “Ele disse que vai conversar com o governador [Geraldo Alckmin] e com a área financeira [do governo]”, disse Oliveira.
Amanhã cedo, os servidores se reunirão em assembleia para decidir sobre os rumos da greve. Na sexta-feira, ocorrerá uma nova assembleia, envolvendo trabalhadores de todo o estado paulista. Por meio de nota, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) informou que o “movimento grevista tem atingido, em média, 30 funcionários de um total de 22 mil colaboradores”. Segundo a assessoria do hospital, o atendimento no complexo continua funcionando normalmente, sem prejuízo para os pacientes.