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Greve Global pelo Clima: cidades brasileiras aderem a protestos

Em São Paulo, manifestantes iniciaram uma caminhada pela Avenida Paulista; movimento é inspirado nos ideais da ativista ambiental sueca Greta Thunberg

Manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (João Pedro Garcia/Exame)

Manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (João Pedro Garcia/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de setembro de 2019 às 19h48.

Última atualização em 20 de setembro de 2019 às 19h56.

Em defesa do meio ambiente, jovens e ativistas de diversas partes do mundo se unem na greve mundial pelo clima, nesta sexta-feira, 20, para cobrar medidas emergenciais contra o aquecimento global. As manifestações ocorrem em mais de 150 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, Grécia, Japão, Austrália e Brasil.

Em São Paulo, centenas de manifestantes também se reúnem, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) na Avenida Paulista, desde o fim da tarde desta sexta.

Puxando a marcha, na avenida, um cordão com dezenas de crianças segurando cartazes e faixas com desenhos que remetiam ao meio ambiente. Em alguns deles, era possível ler frases como "estão destruindo o planeta" e "luta como uma criança". Luiza Cavalcante Oliveira, de 11 anos, disse estar "indignada" com o que tem visto na televisão sobre as queimadas da Amazônia. Desde abril, ela participa do Conselho Mirim da Câmara Municipal. "Fiquei triste, revoltada. Queria viajar para lá (a floresta) ajudar, mas não dava né? Decidi fazer algo aqui mesmo" disse, acompanhada por outras crianças do Conselho.


O estudante Arthur Prado, de 14 anos, disse que, para ajudar o meio ambiente, ele não usa mais canudo plástico, tenta produzir a menor quantidade de lixo possível e usar transporte público. Uma de suas inspirações é a ativista sueca Greta Thunberg, que viajou para os Estados Unidos com o objetivo de participar da reunião das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas.

"A atitude dela me interessou muito. Quando o professor pediu para escrever a biografia de alguém, fiz a dela. Genial a atitude dela de parar um dia na escola para fazer um protesto pelo planeta", contou.

No Rio de Janeiro e várias outras cidades do País, jovens manifestantes também saíram às ruas em protesto pela causa ambiental.

Fridays for Future

As mobilizações são inspiradas no movimento Fridays for Future (Sextas-feiras pelo Futuro), greve estudantil em favor da defesa do meio ambiente criada no ano passado por Greta Thunberg, uma jovem ativista sueca de 16 anos.

Em 2018, ela passou a protestar em frente ao parlamento de seu país contra as mudanças climáticas. E suas ações vêm conquistando o apoio de jovens de diversos países europeus.

Pelo Twitter, Greta acompanha as mobilizações mundiais realizadas nesta sexta-feira. Os eventos estão previstos para ocorrer até o dia 27.

Nas redes sociais, outra jovem ativista também chama a atenção para a urgência de ações em prol do meio ambiente. Katie Eder, de 19 anos, é diretora executiva da Future Coalition (Coligação Futura), organização norte-americana que promove mudanças sociais e ambientais.

Esta é a terceira mobilização mundial pelo clima que conta com a participação brasileira. A primeira ocorreu em 15 de março e a segunda, em 24 de maio.

 

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