Raquel Dodge (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2017 às 06h57.
Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 07h37.
Raquel Dodge e Temer
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta segunda-feira autorização ao ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, para tomar depoimento do presidente Michel Temer no inquérito que investiga a MP dos Portos.,
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A denúncia acusa Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na edição do decreto por favorecimento à empresa Rodrimar.
Em conversa grampeada em ações controladas da Polícia Federal, a dupla conversa sobre a assinatura da MP, levantando suspeitas de que atende a interesses da companhia em troca de propina. Dodge pediu também mais 60 dias para concluir a investigação.
Aluguel de Lula
O juiz federal Sérgio Moro requisitou nesta segunda-feira que o Hospital Sírio-Libanês libere o histórico de visitas do engenheiro Glaucos da Costamarques enquanto esteve internado no local. Apontado como proprietário do apartamento vizinho ao do ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, Costamarques disse à Justiça que assinou recibos de aluguel todos em um só dia, enquanto estava no hospital, entregues pelo advogado do petista, Roberto Teixeira.
A Lava-Jato diz que não houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e pelo menos novembro de 2015 e coloca o engenheiro como laranja de um apartamento cedido como propina da Odebrecht ao ex-presidente, junto com um terreno para construção da nova sede do Instituto Lula, em troca de oito contratos com a Petrobras.
Novo recorde na balança comercial
A balança comercial brasileira teve um superávit de 5,2 bilhões de reais em setembro — renovando o recorde da série histórica para o mês. Com esse resultado, o saldo acumulado nos nove primeiros meses de 2017 também é recorde: de 53,3 bilhões de reais. A série histórica teve início em 1989.
O governo espera que a balança comercial encerre o ano com saldo positivo acima de 60 bilhões de dólares. As importações somaram 13,5 bilhões de dólares no mês passado, com crescimento de 34,5% nas compras de bens de capital, de 26,4% de combustíveis e lubrificantes e de 15,9% de bens de consumo.
Unilever compra Mãe Terra
A empresa de bens de consumo Unilever anunciou nesta segunda-feira a compra da empresa brasileira de produtos naturais Mãe Terra. A companhia será utilizada pela multinacional anglo-holandesa para crescer no segmento de produtos saudáveis.
O valor da compra não foi revelado. A Mãe Terra foi fundada em 1979 e nos últimos dez anos estava sob o comando do empresário Alexandre Borges (ex-sócio da Flores Online). Durante este período a empresa ampliou seu portfólio, que hoje tem 120 produtos, e ampliou a distribuição no país.
Kroton na educação básica
A Kroton, maior grupo de educação do país, detalhou nesta segunda-feira uma lista de 16 ativos de ensino básico que pretende adquirir. Destes, três estão em estágio avançado de negociação. Os investimentos se concentrarão no mercado premium de escolas, com valor médio de mensalidade superior a 1.250 reais por aluno.
A Kroton também informou que os alvos serão os maiores grupos de educação básica do país. As ações da companhia fecharam o dia com perdas de 2%, um dos piores desempenhos do dia no Ibovespa.
Greve geral na Catalunha
A Catalunha é palco de uma geral nesta terça-feira em protesto contra a violência policial contra o referendo. Museus fecharam as portas e o comércio e empresas devem parar por algumas horas ao longo do dia. Até o Barcelona, clube de futebol mais popular do território, aderiu à paralisação.
Ontem, a Comissão Europeia condenou as ações da polícia espanhola na região da Catalunha, alegando que a violência não podia ser usada como um instrumento político.
A Comissão, porém, manteve seu posicionamento, afirmando que o referendo é ilegal e ilegítimo. Além disso, a Comissão afirmou que confia no primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy para entrar em um acordo com a região.
Áustria proíbe burca
O governo austríaco proibiu o uso da burca em espaços públicos e começou a aplicar multas neste fim de semana. Aprovada em janeiro, a lei prevê uma multa de 150 euros para quem cobrir o rosto de maneira que ele não seja reconhecido. A lei começou a ser aplicada, e já recebeu críticas de ONGs e da comunidade muçulmana.
Os muçulmanos são 8% da população da Áustria, e afirmaram que a decisão ataca a liberdade religiosa. Com eleições legislativas agendadas para a semana que vem (dia 15), a questão religiosa volta a ser tema de debate no país, que recebe refugiados e imigrantes muçulmanos desde 2015. França, Holanda e Bélgica também possuem leis que proíbem o uso de burcas nos espaços públicos.
Bangladesh e Mianmar: reparação aos rohingyas?
Os governos de Bangladesh e de Mianmar assinaram nesta segunda-feira um acordo para a repatriação dos mais de 500.000 rohingyas acampados na fronteira entre os dois países. Segundo o ministro de Relações Exteriores de Bangladesh, Abul Hassan Mahmood Ali, um grupo formado pelos dois países já está trabalhando num plano para a volta do grupo muçulmano a Mianmar.
Refugiado desde agosto em Bangladesh, o grupo rohingya pediu asilo ao país vizinho após sofrer uma série de ataques das forças militares de Mianmar.
Mais de mil pessoas morreram durante os ataques, e cerca de 100 perderam a vida ao tentar fugir para Bangladesh. Os rohingyas temem a volta ao país, alegando não possuírem os documentos que serão solicitados pelo governo de Mianmar. O grupo não é reconhecido pelo país.
Reconciliação em Gaza?
O primeiro-ministro da Palestina se encontrou nesta segunda-feira, com o líder do Hamas para discutir reconciliação na Faixa de Gaza. O representante palestino Rami al-Hamdallah afirmou que, com a saída do Hamas, o governo vai assumir o controle administrativo e de segurança da região.
A Faixa de Gaza já foi controlada pela Palestina, quando foi completamente dominada pelo Hamas, em 2007. Depois, o território também foi disputado por Israel e pelo partido palestino Fatah. Para especialistas, o acordo entre o grupo Hamas e o governo palestino é uma grande conquista para o país, que criou um governo unificado em 2014.
Tesla promete e não cumpre
A montadora de carros elétricos Tesla afirmou, nesta segunda-feira, que produziu somente 260 veículos do modelo 3, entre os meses de julho e setembro.
Muito aquém do prometido: 1.500 veículos do mesmo modelo. As ações da empresa do Vale do Silício não tiveram queda, mas a notícia deixou o chefe executivo, Elon Musk, desconfortável.
Em uma nota, a Tesla afirmou que alguns problemas tiveram que ser resolvidos, e que a produção prometida será retomada em médio prazo. A empresa também afirmou que outros modelos, S e X, aumentaram a produção de 4,5%.