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Greve dos auditores fiscais afeta movimentação no porto de Santos

De acordo com o diretor executivo do Sindamar não é possível estimar os prejuízos causados aos exportadores e importadores em suas atividades

Porto de Santos: a paralisação está afetando a liberação dos importados e o despacho das exportações (.)

Porto de Santos: a paralisação está afetando a liberação dos importados e o despacho das exportações (.)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 16h48.

A paralisação nacional dos auditores fiscais iniciada hoje (25) e que segue, inicialmente, até amanhã (26), está afetando a liberação dos importados e o despacho das exportações no Porto de Santos, em São Paulo, que é o maior da América Latina.

Já nos terminais aéreos de Cumbica, em Guarulhos, e em Viracopos, em Campinas, não foram registrados impactos tanto no embarque e desembarque de passageiros, quanto nas expedições de cargas, segundo as assessorias de imprensa desses aeroportos.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, não é possível estimar os prejuízos causados aos exportadores e importadores em suas atividades.

Entretanto, ele calcula algo em torno de US$ 1 milhão em perdas financeiras geradas nos últimos meses, apenas como consequência da demora que as greves esporádicas têm provocado nos trâmites para a autorização das saídas de mercadorias e da entrada dos importados.

Em relação aos valores que deixam de ser arrecadados ao Tesouro Nacional, ele avalia que por dia a cifra alcança R$ 100 milhões.

Carreira

Na próxima quinta-feira, os auditores farão assembleia para avaliar os efeitos da greve e se haverá necessidade de nova estratégia de mobilização, informou Tânia Lourenço, presidente da delegacia sindical do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco).

Ela esclareceu que muito mais do que uma campanha salarial, o movimento é em protesto às modificações que foram feitas no texto do Projeto de Lei 5864/2016, que regulamenta a profissão.

"Queremos que seja mantido o acordo feito com o governo. Estamos insatisfeitos porque as alterações permitem o compartilhamento das mesmas prerrogativas de um auditor com um analista tributário, sem que este tenha de fazer concurso público para tal função", justificou Lourenço.

Segundo ela, em São Paulo estão parados 70% dos 2,5 mil auditores e os rumos do movimento dependerão da apresentação do texto do relator deputado Wellington Roberto (PR-PB), na Câmara dos Deputados entre hoje (25) e amanhã(26).

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