(Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 21 de maio de 2024 às 17h21.
Última atualização em 21 de maio de 2024 às 20h04.
A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que os funcionário do Metrô devem garantir o funcionamento do sistema com 100% da capacidade nos horários de pico no caso de greve da categoria prevista para esta quarta-feira, 22.
O sindicato se reuniu na noite desta terça-feira, 21, e decidiu adiar a paralisação até a próxima reunião da assembleia, que acontecerá no dia 5 de junho. O recuo da categoria acontece após uma carta apresentada pelo Metrô atender parte das reivindicações dos trabalhadores.
A greve é um protesto dos servidores contra a proposta de reajustes do Metrô. A companhia ofereceu aumento de 2,77% (inflação medida pelo IPC-Fipe), recusado pelos trabalhadores.
A decisão do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) Davi Furtado Meirelles, que atende parcialmente o pedido do Metrô, define ainda que nos demais períodos, o efetivo mínimo deve ser de 50%.
O magistrado determinou ainda que seja aplicada multa diária de R$ 100 mil tanto para o Sindicato dos Metroviários quanto para o Metrô caso qualquer das partes crie obstáculos ao acesso dos trabalhadores, vagões nas vias e nos pátios do Metrô ou impeça o livre trânsito dos vagões de transporte público nos trilhos metroviários.
Meirelles explica que a ordem vale para também para o Metrô, pois em ocasiões anteriores a empresa buscou impedir o cumprimento de decisões da Justiça, “sob o argumento de insegurança na prestação de serviços de forma parcial, tentando com isso transferir a totalidade da responsabilidade para a entidade sindical profissional e trabalhadores”.
Também ficou estabelecido que oficiais de justiça compareçam ao Centro de Controle de Operações, na Liberdade (Rua Vergueiro, 1200), para verificar o cumprimento da decisão a partir da zero hora da quarta.
A última paralisação da categoria ocorreu em novembro de 2023 e causou congestionamentos na cidade de São Paulo e suspensão das aulas. As principais reivindicações eram pela paralisação do processo privatização da Sabesp e da linha 7-rubi e contra o corte de 5% no orçamento da educação. A greve unificada reuniu trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp.