Greve: mesmo que os funcionários do metrô decidam parar, a greve geral desta sexta deve ser menor do que a última, do dia 28 de abril (Sergio Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2017 às 06h13.
Última atualização em 29 de junho de 2017 às 07h56.
Os metroviários de São Paulo se reúnem nesta quinta-feira para decidir se aderem ou não à greve geral convocada por centrais sindicais para esta sexta-feira. A decisão pode ser por não parar ou por uma paralisação de apenas uma hora ou de 24 horas. Seria a terceira vez que os metroviários param no ano.
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A paralisação nacional convocada pelas centrais é contra as reformas trabalhista e da Previdência mas deve pedir a saída do presidente Michel Temer.
A decisão é importante porque funcionará como um termômetro para a greve de sexta, uma vez que outras duas categorias importantes para a efetividade da paralisação – os funcionários dos ônibus e de trens – decidiram não parar.
Sem o transporte público funcionando na totalidade, trabalhadores ficam com receio de sair de casa e não conseguirem chegar aos empregos, ou mesmo voltar para casa. Por dia, o metrô de São Paulo transporta 3,7 milhões de pessoas.
Ainda assim, mesmo que os funcionários do metrô decidam parar, a greve geral desta sexta deve ser menor do que a última, do dia 28 de abril.
Parte disso pelo racha que aconteceu entre as centrais. Enquanto a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior delas, e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) defendem uma paralisação ampla, a Força Sindical, liderada pelo Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que é um aliado de Temer, diz que haverá apenas manifestações e atos pontuais.
Paulinho sabe que um protesto grande poderia fragilizar ainda mais o presidente. Por outro lado, é publicamente contrário às reformas. Assim, fica entre a cruz e a espada. A postura da Força vem sendo criticada por outras entidades.
“Se algumas centrais resolveram recuar, acreditando na história de uma medida provisória do Temer que minimize o problema [da reforma trabalhista], nós não vamos retroceder um passo”, disse Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo sem Medo, uma das articuladoras da paralisação, na página da entidade no Facebook. A greve geral de sexta está programada para diversas cidades do país.