Ônibus: motoristas pararam ônibus em protestos em diversos locais da cidade (Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/LatinContent/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de setembro de 2019 às 09h18.
Última atualização em 6 de setembro de 2019 às 10h41.
São Paulo — O Sindicato dos Motoristas realiza nesta sexta-feira, 6, uma paralisação no transporte coletivo da cidade de São Paulo. O Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão com a operação reforçada diante do crescimento na demanda.
A greve de ônibus é parcial, mas provoca transtornos aos passageiros e impacto no trânsito. A Marginal do Tietê apresentava lentidão por volta das 7h30, principalmente, na via local entre as pontes Aricanduva e Tatuapé, no sentido da Castello Branco. Motoristas pararam os ônibus em protesto no centro da capital. O Viaduto do Chá estava completamente fechado por volta das 8h30.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que se mantenha o funcionamento de no mínimo 70% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 50% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.
Motoristas e cobradores se concentraram na frente da sede da Prefeitura, na região central de São Paulo. Em um carro de som, manifestantes estavam discursando por volta das 9h40 desta sexta-feira, 6.
Havia filas de ônibus ao longo do Viaduto do Chá. O trânsito estava intenso nas imediações do prédio da Prefeitura. Havia ônibus parados na Rua Venceslau Brás, na Praça da Sé e na esquina da Avenida São João com a Rua Líbero Badaró.
Na Estação de Transferência Itaquera, na zona leste de São Paulo o movimento estava intenso por volta das 9h20, mas sem o registro de grandes filas. Segundo motoristas de ônibus e fiscais que estavam no local, a movimentação maior da categoria ocorrerá na região central.
O rodízio municipal de veículos está suspenso nesta sexta-feira. Às 9 horas, a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) informou que a cidade registrava 87 quilômetros de lentidão. Segundo a CET, o índice está dentro da média, que pode variar de 53 a 101 quilômetros nessa faixa de horário.
Também está suspensa a Zona Máxima de Restrição a Fretados e liberado uso gratuito das vagas de Zona Azul. As faixas reversíveis, por sua vez, irão seguir a operação normal nesta sexta, tanto no período da manhã, quanto no da tarde.
Apesar da greve de ônibus na capital paulista, os trens da Companhia do Metropolitano (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionam normalmente na manhã desta sexta-feira.
Após o protesto de motoristas e fechamento de terminais de ônibus na tarde de quinta-feira, 5, o Metrô e a CPTM informaram que, para atender à demanda, as linhas antecipariam o horário de pico e operariam com oferta máxima de trens na manhã desta sexta.
O Metrô informa que a situação permanece tranquila em todas as linhas. Como não foi observado um aumento no fluxo de usuários na CPTM, a companhia informou que não precisou alterar a circulação de trens nesta manhã.
A paralisação foi votada pelos funcionários na tarde desta quinta-feira, 5. Os profissionais cobram providências contra o que chamam de desmonte do setor, evidenciado por uma suposta redução na frota em circulação.
A categoria também cobra o pagamento de valores relativos à participação nos lucros e resultados (PLR) e ainda inclui na pauta de reivindicação apoio aos cobradores, função que eles dizem estar ameaçada pelas mudanças no sistema.
Aplicativos de transporte oferecerão desconto nesta sexta-feira. A Lime, empresa de aluguel de patinetes, informou que vai oferecer três desbloqueios gratuitos para os usuários. Já o BikeSampa, sistema de bicicletas compartilhadas do Itaú, anunciou gratuidade para o plano diário de locação de bicicletas.