Bomba de combustível: a expectativa segundo ele é que os 30 mil litros de combustível para venda acabem nesta terça-feira (Prakash Singh/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 14h20.
Cuiabá - Os bloqueios em rodovias de MT organizados por caminhoneiros causam prejuízos em postos de distribuição de combustíveis e prejudicam escoamento de safra.
É o sétimo dia de protestos contra aumento do diesel, redução no valor do frete e contra a lei do caminhoneiro.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bloqueios acontecem em trechos das duas principais rodovias federais no estado, a 163 e a 364 que cortam o estado e dão acesso ao terminal ferroviário da América Latina Logística (ALL) em Rondonópolis e aos portos de Santos (SP) e Santarém no Pará.
Diesel
O Sindicato dos Postos de Combustíveis e Distribuidoras de Mato Grosso informou hoje que alguns postos no interior já sentem efeito dos bloqueios e que já começa faltar diesel em alguns estabelecimentos da Região Norte.
Segundo o empresário Jonas de Paula, proprietário da Transportadora Revendedora e Retalhista (TRR), o óleo diesel para venda no atacado acabou no último sábado.
A expectativa segundo ele é que os 30 mil litros de combustível para venda acabem nesta terça-feira.
Os caminhoneiros intercalam os bloqueios com liberação das rodovias. O protesto é iniciado por volta das 8 horas da manhã, suspenso entre 13h e 14h e finalizado somente às 18 horas.
Segundo a PRF, neste período, filas quilométricas são formadas ao longo das rodovias.
Por telefone a PRF informou que dez trechos das BRs 364 e 163 estão bloqueados, nesta terça.
Ainda de acordo com o órgão, alguns motoristas não suspenderam as manifestações durante a noite de ontem e a madrugada de hoje na região urbana de Cuiabá, Rondonópolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Diamantino e fez com que muitos caminhões com carga não tenham chegado ao destino final.
Diamantino, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, ao norte do Estado, ficam na região de maior produção de grãos.
Não há registro oficial de falta de alimentos, segundo atacadistas de alguns municípios ouvidos pela reportagem.