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Greve de caminhões pode prejudicar mais pela época do ano

"Esta seria a hora mais estratégica para conseguirmos bons números no ano", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra


	Caminhoneiros fecham via em protesto no Pará: "Há cerca de 20 dias, quando recebemos as primeiras notícias sobre a possibilidade de greve, entramos em contato com o governo, já que os caminhoneiros alegam que às reivindicações da primeira greve não haviam sido atendidas", disse Turra
 (Samuel Victor/ Comando Nacional dos Transportes)

Caminhoneiros fecham via em protesto no Pará: "Há cerca de 20 dias, quando recebemos as primeiras notícias sobre a possibilidade de greve, entramos em contato com o governo, já que os caminhoneiros alegam que às reivindicações da primeira greve não haviam sido atendidas", disse Turra (Samuel Victor/ Comando Nacional dos Transportes)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 12h00.

São Paulo - A greve dos caminhoneiros que teve início nesta segunda-feira, 9, pode ser ainda mais prejudicial por causa da época do ano, segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

Em entrevista ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), ele disse que os setores de aves e suínos esperavam recuperar os atrasos registrados em 2015 por causa da greve dos mesmos caminhoneiros no início do ano, da paralisação dos fiscais federais agropecuários e também das interdições portuárias no Sul do País em virtude de problemas climáticos.

"Esta seria a hora mais estratégica para conseguirmos bons números no ano", afirmou Turra. Segundo ele, novembro é um período crucial para as indústrias com o aumento da demanda interna por causa das Festas de fim de ano e com o movimento de formação de estoques de países importadores.

"Há cerca de 20 dias, quando recebemos as primeiras notícias sobre a possibilidade de greve, entramos em contato com o governo, já que os caminhoneiros alegam que às reivindicações da primeira greve não haviam sido atendidas", disse. "É muito nocivo o que está acontecendo para toda a cadeia produtiva."

"Há a ração e o pintainho que precisam chegar à granja; o frango tem o dia certo para ir para o abate e, depois, precisa ir a uma câmara fria para, na sequência, chegar a um porto ou um supermercado, dentro de um limite de dias. Toda cadeia se complica e ninguém tem espaço para ficar estocando", comentou Turra.

Ele disse que a ABPA já estuda medidas legais para liberar o transporte dos produtos, como fez no começo do ano.

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