Uber: áudios obtidos por EXAME.com mostram organização e suposta intenção violenta de manifestantes (Sergio Perez / Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 11 de maio de 2016 às 19h20.
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, liberou a operação do serviço de transporte Uber na capital paulista nesta semana. Apesar de essa ser uma excelente notícia para os motoristas parceiros da Uber e para quase todos os paulistanos, a medida incomodou os motoristas de táxi.
Gravações obtidas por EXAME.com mostram ameaças de supostos taxistas aos concorrentes. Nos áudios, pessoas instigam os companheiros de profissão a andar com barras de ferro nos táxis e quebrar carros prata e preto “não importa se for Uber ou não”.
Em uma das gravações, alguém reclama que os taxistas hoje ganham menos do que antes, passando de uma renda mensal de 8 mil reais para menos de 4 mil reais.
Outra gravação seria de um motorista de táxi que não aderiu à manifestação contra a Uber e teve seu carro depredado. O áudio é repleto de palavras chulas e xingamentos direcionados aos manifestantes.
Nas demais gravações, supostos taxistas convocam colegas para protestar contra a Uber de maneira pacífica.
Desde ontem, quando o Uber foi liberado por Haddad, motoristas de táxi fizeram protestos em São Paulo. Hoje, eles atearam fogo a pneus para criar uma barricada no Viaduto do Anhangabaú. O impacto do bloqueio no trânsito chegou até a Ponte das Bandeiras.
Ouça as gravações obtidas por Exame.com a seguir.
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