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Gramado suspende desfile de "Natal Luz" após acidente aéreo

Empresário e dono do avião, Luiz Galeazzi e família morreram; aeronave colidiu com uma loja e uma pousada a caminho para Jundiaí (SP)

 (X/Reprodução)

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Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 22 de dezembro de 2024 às 15h22.

Última atualização em 22 de dezembro de 2024 às 15h28.

O tradicional desfile das celebrações do "Natal Luz" foi suspensa neste domingo, 22, após acidente aéreo que deixou 10 mortos. O avião, que caiu na Avenida das Hortensias, pertencia e era pilotado pelo empresário Luiz Galeazzi, CEO da consultoria Galeazzi & Associados.

A lista de passageiros não foi formalizada, mas os nomes das vítimas foram identificados junto ao hotel em que estavam hospedadas. Além de Galeazzi estavam sua esposa, a cunhada, o cunhado, a sogra, as três filhas e mais duas crianças ainda não identificadas.

O avião colidiu na chaminé de um prédio, depois no segundo andar de uma residência e, então, caiu sobre uma loja de móveis. Destroços ainda alcançaram uma pousada. 

Ao todo, 17 pessoas foram feridas e cinco já foram liberadas do hospital. Duas mulheres estão em estado grave por queimaduras foram transferidas para Porto Alegre. Elas seriam uma funcionária e uma hóspede da pousada. 

Os outros hóspedes da pousada atingida foram transferidos para outros hotéis da cidade.

Um das principais avenidas de acesso a Gramado, a Avenida das Hortensias está com liberação parcial.

O acidente aconteceu em um momento de recuperação do turismo na cidade após as enchentes que atingiram todo o Estado em maio deste ano. Um dos principais destinos na Serra Gaúcha, Gramado vive neste fim de semana o período de maior ocupação, com muitos turistas vindos para o "Natal Luz".

Praticamente todos os hotéis da cidade estavam com ocupação acima dos 90%. Muitos desses turistas chegariam ainda neste domingo, o que pode mudar dado que o acinete aconteceu na principal avenida da cidade.

Os agentes turísticos de Gramado ansiavam por este Natal como uma forma de recuperar os prejuízos do inverno, quando a quantidade de turistas caiu mais da metade devido às enchentes do Rio Grande do Sul em maio. Com as chuvas, houve dificuldade de acesso pelas estradas e pelo principal aeroporto do Estado, que só voltou a funcionar no final de outubro. Em maio, o faturamento de praticamente toda rede hoteleira caiu a zero. Nos meses seguintes, ficou entre 30% e 50%.

O clima era de otimismo na cidade. A Laghetto, principal rede de hotéis do município, viu a ocupação saltar para 75% em novembro e para 100% em dezembro. Outras empresas sentiram fenômeno semelhante.

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