Graça Foster: a contratação direta da Petrobras, sem licitação, causou críticas (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2014 às 14h18.
Rio - A presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a defender nesta terça-feira, 01, a contratação direta da estatal pelo governo para a produção dos volumes excedentes da cessão onerosa do pré-sal, na bacia de Santos. Segundo a executiva, a produção representa "a materialidade do nosso planejamento estratégico".
"Estamos colocando planejamento estratégico em marcha, em ritmo. Estamos dando materialidade ao nosso plano estratégico", afirmou Graça Foster, durante solenidade na sede da empresa, no Rio, quando foi anunciado recorde de produção do pré-sal.
A executiva também ressaltou que não há previsão para nova capitalização da empresa até 2030, "mantidas as premissas do Plano de Negócio e Gestão (PNG)".
"Não há impacto material para os indicadores de financiabilidade nesse período e no período seguinte porque nossa produção aumenta", reforçou.
Segundo a executiva, o tema foi aprovado no conselho de administração da empresa pela diretriz de "produzir em média 4 bilhões por dia, sob titularidade da Petrobras, adquirindo o direito de exploração de áreas, tanto no Brasil quanto no exterior".
A contratação direta da Petrobras, sem licitação, pressupõe o pagamento de bônus, o que causou críticas, sobretudo do mercado financeiro, em função do impacto que a medida pode causar ao caixa da empresa.
Graça Foster afirmou também que a meta de produção da empresa para 2020, de 4,2 milhões de barris por dia, "já é uma realidade contratada".
"Nos falta a contratação das oito unidades de produção que vão se dar em 2014 e 2015", complemento. A executiva reafirmou ainda que não está prevista nova emissão de ações da Petrobras até 2030.