Greve Geral de 28/04 (REUTERS/Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de abril de 2017 às 14h19.
Última atualização em 28 de abril de 2017 às 14h50.
São Paulo - O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, afirmou que, até o momento, o governo avalia que o movimento de paralisações e protestos na greve desta sexta-feira (28) é um "fracasso".
Segundo declarações feitas em entrevista à Rádio CBN, o ministro disse que as pessoas não estão deixando de ir ao trabalho, mas milhares estão sendo obstruídas por grupos de 15 a 20 pessoas de sindicatos e centrais sindicais.
"Estamos iniciando o dia, mas aparentemente é uma greve inexiste, uma greve aparentemente dos sindicatos e centrais sindicais perturbados com a decisão do Congresso", afirmou, referindo-se à aprovação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, que prevê o fim da contribuição sindical obrigatória.
Serraglio disse que a organização sindical brasileira tem 17 mil grupos, o que indica que há muitos "cabides de emprego", já que apenas 18% dos trabalhadores brasileiros são sindicalizados.
O ministro ainda considerou que, se o movimento continuar fraco, o resultado da greve geral será negativo e atuará no sentido de fortalecer a necessidade da reforma da Previdência e não o contrário.
"O governo tem noção clara que precisa tomar providências. Não é possível que tenhamos contas deficitárias. É preciso que algo seja feito e isso vem com as reformas", defendeu Serraglio.