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Governo vai manter liberação de FGTS para vítimas de Brumadinho

Tragédias da Vale em Minas Gerais foram equiparadas a desastres naturais para vítimas se enquadrarem em lei que permite uso do benefício nesses casos

Brumadinho: Moradores poderão usar benefício para ajudar em prejuízos da tragédia (Washington Alves/Reuters)

Brumadinho: Moradores poderão usar benefício para ajudar em prejuízos da tragédia (Washington Alves/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 14h41.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 17h19.

O governo vai manter a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas de Brumadinho (MG). A informação foi confirmada hoje (12) pela Advocacia-Geral da União (AGU). O governo deve editar nos próximos dias medida provisória (MP) para alterar a lei sobre a utilização de recursos do fundo.

Atualmente, a Lei 8.036/1990, que trata do FGTS, permite que os beneficiários movimentem suas contas em caso de "necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural". Desde o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, em 2015, esse tipo de acidente passou a ser equiparado a desastre natural para que as vítimas pudessem movimentar esses recursos.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta segunda-feira (11) que sua equipe já analisava o assunto. Integrantes do governo defendem que a mineradora Vale, responsável pela barragem, arque exclusivamente com todos os custos evitando que o cidadão use recursos acumulados ao longo dos anos para se reestabelecerem.

Três dias depois do desastre, ocorrido em 25 de janeiro e considerado como a pior tragédia humana da história recente, a Caixa Econômica Federal anunciou a liberação de saques do FGTS para trabalhadores que tiveram suas casas afetadas. A instituição financeira adotou a medida com base na Lei Federal 10.878/2004 limitando as retiradas a R$ 6.220.

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