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Governo tenta reduzir filas com agendamento em Santos

Governo federal lançou programa para tentar resolver os problemas de escoamento de carga no porto de Santos


	Caminhões carregados com soja fazem fila no porto de Santos: porto é o principal da América Latina e o mais importante no escoamento de grãos e açúcar no país
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Caminhões carregados com soja fazem fila no porto de Santos: porto é o principal da América Latina e o mais importante no escoamento de grãos e açúcar no país (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 17h08.

Brasília - O governo federal lançou nesta quarta-feira um programa para tentar resolver os problemas de escoamento de carga no porto de Santos (SP), que causaram filas e congestionamentos no pico do escoamento da última safra, no primeiro semestre, além de atrasos na exportação de produtos agrícolas.

Santos é o principal porto da América Latina e o mais importante no escoamento de grãos e açúcar no país.

O sistema deverá funcionar de maneira similar ao que existe no porto de Paranaguá (PR), que já utiliza uma rede eletrônica de agendamento, impedindo o acesso de caminhões que não agendaram sua entrada no terminal, disse o ministro da Secretaria de Portos (SEP), Antônio Henrique Silveira.

"Temos certeza que esse sistema tem potencial para evitar esses incidentes anteriores, como em Paranaguá. Nós estamos puxando para Santos uma lógica já experimentada em outros portos. Temos esperança de que isso vá mitigar a situação que vimos em anos anteriores", afirmou Silveira.

Os terminais portuários vão informar ao sistema Portolog -- software desenvolvido pela SEP--, com sete dias de antecedência, a quantidade de veículos que espera receber, disse o ministro.

Depois, as empresas deverão solicitar o agendamento de acesso ao porto, informando o tempo mínimo e máximo de acesso ao pátio de triagem da Baixada Santista, onde os caminhões agendados ficarão esperando o momento de se deslocarem até a região das docas.

Cargas não agendadas serão retidas em pátios no planalto, na região metropolitana de São Paulo, até que se regularize a situação.

O projeto do governo é instalar pátios em Campinas e Ribeirão Pires, mas as obras nos locais ainda não começaram.

Nestes locais, os caminhões deverão ser recebidos e informados sobre o horário de saída e chegada dos navios, para dar continuidade ao processo de descarregamento.

O teste do programa será feito em janeiro, para entrar em ação já em fevereiro, estimou o ministro.

Em março deste ano, num momento de grandes filas em Santos, o governo de São Paulo chegou a dizer que planejava criar um sistema de agendamento para o transporte rodoviário no acesso ao porto.

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