Onyx: o ministro afirmou que a proposta deve ser apresentada a Bolsonaro na próxima semana (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 14h33.
Brasília - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta sexta-feira, 11, que a tendência é que o governo apresente uma única proposta de reforma da Previdência, mesmo que os militares sejam incluídos, o que não implicaria em mudança constitucional. A ideia é estudada pela equipe técnica do governo.
"A tendência é que a gente tenha uma única proposta consertando o atual sistema e consertando para o futuro", disse ao ser questionado se seria enviado tudo junto para o Congresso mesmo com uma eventual inclusão dos militares. Questionado se facilitaria discurso de isonomia de tratamento para servidores públicos e militares, ele disse que não pode adiantar e não está definido pelo presidente Jair Bolsonaro. "Isso está sendo estudado pelo ministro (da Economia) Paulo Guedes, que é quem coordena os grupos. Nós deveremos ter uma discussão preparatória na segunda-feira para que apresentemos (a proposta) ao presidente Bolsonaro ainda na próxima semana", comentou.
Indagado sobre a importância de incluir militares como exemplo de "sacrifício" em nome da reforma da Previdência, Onyx disse que quer um sistema em que "não se sacrifique ninguém". "Vamos apresentar reforma que permita equilíbrio fiscal e seja fraterna", afirmou.
Onyx fez ainda mais um afago a Guedes. Após divergências, ele disse que o ministro da Economia está conduzindo as discussões sobre a Previdência "com muito critério, com muita atenção e muito equilíbrio".
Na semana passada, os dois tiveram algumas reuniões juntos, posaram para fotos e Onyx chegou a levar bombons para Guedes.
O ministro disse também que a medida provisória contra fraudes no INSS deve sair na próxima semana, na terça ou na quarta-feira.