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Governo quer que escolas exijam caderneta de vacinação de alunos

O documento poderá ser solicitado ainda este ano e nas matrículas a partir do ano que vem

Caderneta de vacinação: o secretário explica que o objetivo é orientar famílias e estudantes (EFE/EFE)

Caderneta de vacinação: o secretário explica que o objetivo é orientar famílias e estudantes (EFE/EFE)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de março de 2017 às 18h58.

Última atualização em 15 de março de 2017 às 18h59.

A caderneta de vacinação poderá ser um item obrigatório para matrícula de estudantes nas escolas. A medida, anunciada hoje (15), faz parte da colaboração entre os ministérios da Saúde e Educação.

"Temos uma legislação que fala que poderá ser exigida a carteira de vacinação [pelas escolas]. Queremos transformar esse poderá em algo concreto", explica o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Rossieli Silva.

A parceria entre as pastas é permanente no âmbito do Programa Saúde na Escola.

O governo quer, em abril, atualizar essa parceria por meio de portaria para dar mais ênfase a medidas como a obrigatoriedade da caderneta de vacinação.

O documento poderá ser solicitado ainda este ano e nas matrículas a partir do ano que vem.

A intenção é uma maior colaboração entre os setores da Saúde e Educação.

"[As escolas] poderão explicar a importância disso para as famílias, explicar o calendário de vacinação. Às vezes, dependendo, a família pode não entender em que momento se deve dar essa vacina. É o papel proativo da educação", diz o secretário.

Com as informações em mãos, as escolas e as secretarias municipais e estaduais poderão orientar as famílias a buscar os postos de vacinação ou mesmo articular ações para vacinar um maior número de estudantes.

O secretário explica que o objetivo é orientar famílias e estudantes. Caso o estudante não tenha a caderneta ou ela esteja desatualizada, ele não sofrerá nenhum tipo de punição.

"Não é uma exigência que impede a criança de participar, é um mecanismo de participação das escolas e dos sistemas no aumento da eficácia da imunização do Brasil", ressalta.

Vacinação nas escolas

A medida foi discutida em coletiva de imprensa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde, quando foi anunciada a vacinação contra o HPV e a meningite C nas escolas este ano.

Serão distribuídas 10,5 milhões de doses contra o HPV para vacinar 8,3 milhões de meninas e meninos.

Já o público-alvo da vacina contra meningite C é formado por 7,2 milhões de adolescentes de 12 e 13 anos.

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