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Governo quer privatizar operação da transposição do São Francisco

O presidente Michel Temer vai visitar o projeto na segunda-feira para abrir a terceira das seis estações de bombeamento, que levarão água ao rio

São Francisco: os canais de 470 km levaram uma década para serem construídos, e os custos excedentes já triplicaram para mais de oito bilhões de reais (Ueslei Marcelino/Reuters)

São Francisco: os canais de 470 km levaram uma década para serem construídos, e os custos excedentes já triplicaram para mais de oito bilhões de reais (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 19h14.

O governo está estudando a viabilidade de uma parceria público-privada (PPP) para a operação da muito adiada transposição do Rio São Francisco, que vai levar água para quatro Estados da região Nordeste quando for completada neste ano, disse porta-voz nesta sexta-feira.

O presidente Michel Temer vai visitar o projeto na segunda-feira para abrir a terceira das seis estações de bombeamento de um dos dois canais que vão levar água do São Francisco para os Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Os canais de 470 km levaram uma década para serem construídos, e os custos excedentes já triplicaram para mais de oito bilhões de reais. O governo espera que a água comece a fluir pelo primeiro canal até março para levar um alívio a Campina Grande, cidade de 350 mil habitantes, que está perto de ficar sem água.

"Nós encomendamos estudos para ver se uma parceria público-privada seria viável na operação dos canais", afirmou um assessor do ministro Hélder Barbalho, da Integração Nacional, responsável pelo projeto.

A Agência Nacional de Águas (ANA) iniciou consulta pública para determinar quanto cada Estado beneficiário deve pagar ao operador pelo serviço. O governo planeja reduzir os custos com a entrada de um operador privado.

A polêmica transposição do São Francisco foi prometida em 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma solução para a constante falta de água no Nordeste, que se encontra hoje no sexto ano de uma seca grave.

 

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