Brasil

Governo quer flexibilizar norma de segurança no trabalho

Um grupo será criado pelo governo para discutir o tema, que já vinha sendo debatido desde o governo Dilma Rousseff


	Segurança no trabalho: um grupo será criado pelo governo para discutir o tema, que já vinha sendo debatido desde o governo Dilma Rousseff
 (Thinkstock)

Segurança no trabalho: um grupo será criado pelo governo para discutir o tema, que já vinha sendo debatido desde o governo Dilma Rousseff (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2016 às 18h21.

Brasília - O governo do presidente em exercício, Michel Temer, quer flexibilizar regras de segurança do trabalho. A ideia é alterar uma norma de regulamentação do fim de 2010 sobre exigências que devem ser observadas em máquinas e equipamentos.

Nesta quinta-feira, 30, o ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse que a norma "é uma anomalia".

Para ele, a regra precisa ser rediscutida. O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, concordou. "Não custa nada fazer uma análise de uma norma que está exagerada", disse.

Um grupo de trabalho será criado pelo governo para discutir o tema, que já vinha sendo debatido desde o governo Dilma Rousseff. A mudança é um pleito que vem sendo feito pelo setor produtivo.

A Norma Regulamentadora nº 12 estabelece medidas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas na instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos.

Na visão da Confederação da Indústria (CNI), a norma foi modificada de tal forma que, em vários pontos, traz regras subjetivas e muito mais exigentes do que as suas referências, a exemplo das Diretivas de Máquinas da União Europeia.

Para a entidade, a regra extrapolou seu poder regulamentar ao criar regras para a fabricação, ocasionando custos mais elevados para a adaptação, tanto para as máquinas existentes como para as novas.

A principal crítica da CNI diz respeito à retroatividade prevista na medida. O órgão defende que as novas exigências sejam válidas somente para máquinas adquiridas após a edição do normativo.

"Um novo texto deve observar, entre outras, as seguintes premissas: irretroatividade das obrigações, separação das obrigações de fabricantes e usuários e tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas", defende a entidade, reforçando que é importante manter elevados níveis de segurança aos trabalhadores.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-trabalhoCNI – Confederação Nacional da IndústriaMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosseguranca-digital

Mais de Brasil

Eduardo Leite deixa aliados de sobreaviso sobre saída do PSDB e indica que pode se filiar ao PSD

Anvisa torna obrigatória retenção da receita para a venda de Ozempic

Veja como vai funcionar novo programa de perícias do INSS para diminuir fila

Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro