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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Brasília - O governo federal rejeitou a proposta dos fabricantes de conversores para TV digital para produzir o equipamento com custo entre R$ 237 e R$ 356 para o consumidor final. Os valores, que já incluem isenção e redução de impostos, foram apresentados hoje pelo consórcio de empresas que fabricam os conversores, em reunião no Ministério das Comunicações. O governo quer uma nova proposta, com o preço do equipamento, chamado de "set top box", mais baixo.
"Nosso principal desafio é a redução do custo de produção e de distribuição desse equipamento, que vai possibilitar ao usuário receber o sinal da TV digital", disse o secretário de Telecomunicações do ministério, Roberto Pinto Martins. Para o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, R$ 237 é um valor muito alto para o consumo das classes D e E. Ele calcula que, só para essas duas classes sociais, exista um mercado de 15 milhões de famílias para adquirir o equipamento.
A próxima reunião entre os empresários e o governo federal ocorrerá no dia 8 de outubro. Antes dessa data, serão realizados outros três encontros. Em um deles, Ministério da Fazenda e bancos do governo discutirão com as empresas alternativas para reduzir o valor do conversor. Em outra reunião, BNDES e empresas interessadas em fabricar o "set top box" vão discutir o processo de habilitação para ter acesso a crédito da instituição.
Participaram da reunião representantes dos ministérios das Comunicações, da Fazenda e da Ciência e Tecnologia; Casa Civil, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Entre as empresas que integram o consórcio estão Totvs, Semp Toshiba, Visiontec, Positivo Informática, Broadcom e ST Microeletrônica.
Segundo o Ministério das Comunicações, a estimativa é que o País tenha de 60 a 80 milhões de televisores que vão precisar do conversor digital nos próximos anos. O objetivo é que o equipamento a preços mais acessíveis comece a ser vendido no mercado entre março e abril de 2011. O sistema nipo-brasileiro de TV digital deverá cobrir todo o território nacional até 2013. E as transmissões do sinal digital serão intensificadas com os eventos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada, em 2016.
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