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Governo prorroga atuação das Forças Armadas em Roraima

Objetivo é garantir a segurança de brasileiros que vivem em Roraima e dos venezuelanos que entram no Brasil pelo estado, fugindo da crise no país vizinho

Militares das Forças Armadas vão continuar em Roraima até o dia 30 de outubro (Nacho Doce/Reuters)

Militares das Forças Armadas vão continuar em Roraima até o dia 30 de outubro (Nacho Doce/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 09h18.

Última atualização em 12 de setembro de 2018 às 09h19.

Militares das Forças Armadas vão continuar em Roraima até o dia 30 de outubro. O decreto que autoriza a atuação do Exército no estado para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) expiraria hoje (12), mas o prazo foi estendido com uma alteração no texto publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.

O envio das tropas que passaram a atuar nas cidades de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e Boa Vista (capital), foi autorizado no dia 28 de agosto. O objetivo é garantir a segurança de brasileiros que vivem em Roraima e dos venezuelanos que entram no Brasil pelo estado, fugindo da crise no país vizinho.

A decisão de destinar militares do Exército para a região ocorreu uma semana depois que moradores de Pacaraima expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos, ateando fogo a seus pertences. O protesto contra a presença dos imigrantes na cidade foi motivado, segundo moradores, pelo assalto e espancamento de um comerciante local, que teria sido cometido por quatro venezuelanos. Apesar da situação, o governo federal afirmou, na época, que não houve pedido para a atuaão dos militares por parte da governadora do estado, Suely Campos, que reiteradamente defendeu o fechamento da fronteira.

Porta dos migrantes que têm deixado a Venezuela em busca de melhores oportunidades de vida e trabalho, Roraima recebeu mais de 130 mil venezuelanos desde o ano passado, segundo estimativas da Polícia Federal. Dados oficiais do governo apontam que cerca de 60% deles já deixaram o território brasileiro. Outra parte tem sido atendida pelo programa de interiorização. Em parceria com organismos internacionais e prefeituras, algumas famílias são encaminhadas para outras cidades com possibilidade de abrigar essas pessoas e fornecer alternativas de trabalho, documentação e educação para os que pretendem permanecer no Brasil.

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