Brasil

Governo promete empenho na campanha contra racismo

Dilma Rousseff teve encontro com o volante Tinga e o árbitro Márcio Chagas da Silva, que foram vítimas recentemente de ofensas raciais em jogos de futebol

Presidenta Dilma Rousseff posa para foto com Paulo Cesar Nascimento (Tinga), Marcio Chagas Filho durante audiência com Ministro do Esporte no Palácio do Planalto
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff posa para foto com Paulo Cesar Nascimento (Tinga), Marcio Chagas Filho durante audiência com Ministro do Esporte no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 20h42.

Brasília - Após o encontro que a presidente Dilma Rousseff teve nesta quinta-feira com o volante Tinga e o árbitro Márcio Chagas da Silva, que foram vítimas recentemente de ofensas raciais em jogos de futebol, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, garantiu que o governo federal está empenhado na campanha contra o racismo que será feita na Copa do Mundo.

Antes do encontro desta quinta-feira no Palácio do Planalto, que contou também com a participação de representantes do Movimento Negro, Dilma já havia usado o Twitter para prestar solidariedade a Tinga e Márcio Chagas da Silva, assim como fez também com o volante Arouca, outra recente vítima de ofensas raciais no futebol. Na ocasião, a presidente defendeu que o Brasil faça "a Copa contra o racismo".

"Em primeiro lugar, a grande contribuição que o Movimento Negro trouxe para essa discussão é que a questão principal não é o racismo na Copa do Mundo. A questão principal é o racismo que existe nas sociedades e que, portanto, se manifesta no futebol", contou a ministra Luiza Barros. "De todo modo, o governo está empenhado numa campanha que será feita na Copa contra o racismo", completou.

Na saída do encontro em Brasília, Tinga comentou sobre a atenção dada pela presidente ao tema. "O que acredito que é importante é que ela se preocupou com a situação que aconteceu nesse último mês, tanto com a minha situação quanto a do Márcio, a do Arouca, e tive oportunidade de falar que tem outras coisas que acontecem no país em termos de preconceito. Espero que a gente possa conscientizar que isso é um fator de educação", disse o volante, que presenteou Dilma com uma camisa do Cruzeiro.

Também convidado para o encontro com Dilma, Arouca não pôde ir a Brasília na tarde desta quinta-feira, mas mandou uma carta para a presidente para agradecer o convite. "Aproveito para parabenizar pela iniciativa e pela boa vontade em debater o racismo, não apenas por nós três, que sofremos isso dentro de um campo de futebol, mas também por outros milhares, que, por falta de orientação - e por não terem a mesma visibilidade que nós temos diante das câmeras e dos microfones que cercam o mundo do futebol -, não se manifestam e não têm seus apelos ouvidos todos os dias", escreveu o volante do Santos.

"Para finalizar, peço, por favor, que não deixe esse assunto cair no esquecimento. Se pode existir uma vitória nisso tudo é a mobilização que criou e a vontade que todos têm demonstrado em colaborar para dar um basta. Mas isso não pode parar por aqui! É preciso levar até as últimas consequências e, repito, punir exemplarmente", completou Arouca, na carta enviada à presidente.

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