Brasil

Governo pretende lançar cartão especial para beneficiários do INSS, diz Carlos Lupi

Lupi declarou que a ideia é oferecer o cartão do beneficiário para os 37 milhões de beneficiários da Previdência para que o cidadão possa usar serviços de transporte público em todo o País

 (Bruno Spada/Agência Câmara)

(Bruno Spada/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2023 às 16h00.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2023 às 16h44.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira, 6, após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pretende lançar em março um cartão especial de descontos para beneficiários da INSS que são correntistas do Banco do Brasil (BB) e da Caixa. Segundo ele, os dois bancos públicos reúnem 14 milhões de benefícios da Previdência.

Lupi declarou que a ideia é oferecer o cartão do beneficiário para os 37 milhões de beneficiários da Previdência para que o cidadão possa usar serviços de transporte público em todo o País.

Além disso, os bancos oferecerão descontos e firmará parcerias com empresas para oferta de benefícios exclusivos aos segurados do INSS.

"Ao invés de o beneficiário da Previdência precisar tirar uma autorização local para usar os serviços de transporte daquele município, com o cartão ele terá validade nacional. Também estamos buscando novos benefícios aos aposentados. Correntistas do BB terão descontos, por exemplo, em farmácias conveniadas, benefícios em passagens aéreas, em hotéis e em outros serviços", disse o ministro.

Segundo Lupi, os bancos privados também serão procurados para oferecer benefícios semelhantes aos correntistas que são segurados do INSS.

Lupi diz que conversou com Haddad sobre regulação de trabalho por aplicativos

Lupi após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que formará um grupo de trabalho para debater uma proposta de regulação para que trabalhadores de aplicativos de transporte e entrega passem a ser segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo Lupi, um grupo de trabalho será criado com representantes dos ministérios da Fazenda, da Previdência e do Trabalho para propor a criação de um benefício para trabalhadores por aplicativo.

"Regular trabalho por aplicativos também significa mais receita para a Previdência. Nossa estimativa é que mais de 2 milhões de pessoas trabalham em aplicativos de serviços. Se isso for ampliado para outros aplicativos teremos um aumento de receita. Não chega a 10% o número de trabalhadores dessa categoria que contribui para a Previdência como autônomo ou microempreendedor individual", disse ele.

Lupi ainda afirmou que quer automatizar até 60% dos serviços da Previdência. Ele ressaltou que um dos problemas que levam ao crescimento da fila do INSS é que um mesmo beneficiários faz de 10 a 15 pedidos. O ministro defende que os pedidos sejam contados por CPF. "Ainda temos muitas fraudes no INSS. E também temos uma judicialização estranha porque você vê um número grande de pedidos negados pelo INSS e depois são deferidos pela Justiça", disse.

O ministro também defendeu que os relatórios e laudos oferecidos pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) aos segurados da Previdência tenham a mesma validade dos realizados pelos médicos peritos do INSS. Segundo ele, o número de peritos têm diminuído anualmente e a demanda de trabalho só aumenta.

Lupi também negou que discutiu com Haddad uma proposta para revogar partes da reforma da Previdência. Entretanto, ele disse que tem uma opinião pessoal sobre o tema, como cidadão e não como integrante do governo.

"Falei e repito. Eu dou a minha opinião pessoal, mas não tenho poder de decretar nada. Podemos apresentar propostas para mudar a legislação previdenciária. Temos um Conselho Nacional da Previdência Social que estuda propostas. Nós queremos ajustar aquilo que consideramos injusto para boa parcela da população", disse o ministro.

Acompanhe tudo sobre:Carlos LupiINSSMinistério da Previdência Social

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022