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Governo prepara MP para "requisitar" vacinas contra covid-19, diz Caiado

Segundo o governador de Goiás, o Ministério da Saúde terá acesso aos imunizantes e os distribuirá de forma igualitária entre os estados

Brasil deve receber 9,1 milhões de doses de vacina pelo Covax Facility (Fundo de Investimento Direto Russo/Divulgação/Reuters)

Brasil deve receber 9,1 milhões de doses de vacina pelo Covax Facility (Fundo de Investimento Direto Russo/Divulgação/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 16h58.

Última atualização em 11 de dezembro de 2020 às 17h18.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta sexta-feira, 11, que o governo prepara uma Medida Provisória (MP) para "requisitar" todas as vacinas que forem produzidas no Brasil ou importadas. Segundo ele, o Ministério da Saúde terá acesso aos imunizantes e os distribuirá de forma igualitária entre os estados.

A informação, segundo Caiado, veio do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com quem se encontrou nesta sexta, em Goiânia. "O ministro Pazuello me informou que será editada uma medida provisória que vai tratar dessa centralização e distribuição igualitária das vacinas", escreveu, no Twitter. "Toda e qualquer vacina certificada que for produzida ou importada será requisitada pelo Ministério da Saúde", reforçou.

Também na rede social, Caiado afirmou que o governo federal comprará 70 milhões de doses da vacina da Pfizer, de acordo com informações do ministro. "Em Janeiro já serão 500.000 doses para começar a vacinação do grupo de risco em todos os estados", disse o governador de Goiás.

A ideia da MP não foi bem recebida pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele disse considerar uma "insanidade" o que chamou de "confisco" das vacinas. "A União demonstra dose de insanidade ao propor uma MP que prevê o confisco de vacinas. Esta proposta é um ataque ao federalismo", escreveu, também no Twitter.

Doria anunciou, no dia 7, que a vacinação no estado de São Paulo começará em 25 de janeiro de 2021, com a CoronaVac, produzida pela fabricante chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O governo federal ainda não divulgou um calendário ou plano de vacinação.

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