Brasil

Governo perdeu controle de escândalo da Petrobras, diz Aécio

O tucano diz ter ficado surpreso com a superficialidade do diagnóstico feito pela presidente em relação ao escândalo


	Aécio Neves: "tem uma dose de desespero porque o governo perdeu o controle sobre o processo, mas as coisas vão surgir", disse
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Aécio Neves: "tem uma dose de desespero porque o governo perdeu o controle sobre o processo, mas as coisas vão surgir", disse (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 13h43.

Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta sexta-feira, 20, ter ficado surpreso com a superficialidade do diagnóstico feito pela presidente Dilma Rousseff em relação ao escândalo de corrupção na Petrobras.

Segundo Dilma, se os envolvidos tivessem sido investigados e punidos na década de 90, no governo Fernando Henrique Cardoso, um funcionário não teria permanecido 20 anos na estatal "praticando atos de corrupção".

"Tem uma dose de desespero porque o governo perdeu o controle sobre o processo, mas as coisas vão surgir. Não há como segurar isso", afirmou Aécio, em entrevista coletiva no Senado com integrantes do PSDB.

O tucano condenou o que considera institucionalização da corrupção na Petrobras em nome de um projeto de poder.

"A presidente zomba da inteligência dos brasileiros", disse Aécio, falando do sentimento de frustração e indignação dos que votaram na petista na eleição do ano passado. "Dilma errou em seu comportamento ético", completou.

Aécio Neves disse que Dilma dá crédito às declarações do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco.

O ex-funcionário da estatal admitiu, em delação premiada, que desde o governo FHC há corrupção na estatal e ainda revelou que houve uma transferência de US$ 200 milhões de recursos desviados da Petrobras para o Partido dos Trabalhadores. O PT nega.

Na avaliação do tucano, o discurso da presidente já sofre a influência de seu marqueteiro de campanha, João Santana.

Aécio fez questão de ressaltar que Dilma estava em silêncio havia dois meses depois de o governo dela ter tomado medidas impopulares que negavam o que a própria petista dizia na campanha eleitoral.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesCapitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil