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Governo nomeia servidor com passagem pelo governo Dilma na presidência interina da Funasa

Segundo o Portal da Transparência, Alexandre Morra também já atuou no governo federal em 2011, vinculado ao Ministério da Economia, durante o governo Dilma Rousseff

O órgão, recriado pelo Congresso após alteração de Medida Provisória, é cobiçado por partidos do Centrão, como o União Brasil (Rui Pizarro/Funasa/Flickr)

O órgão, recriado pelo Congresso após alteração de Medida Provisória, é cobiçado por partidos do Centrão, como o União Brasil (Rui Pizarro/Funasa/Flickr)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de julho de 2023 às 11h07.

O governo federal nomeou nesta quinta-feira o servidor Alexandre Ribeiro Motta como presidente interino da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Motta ocupava o cargo Diretor de Programa da Secretaria de Gestão e Inovação, vinculada ao Ministério Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Antes, passou pelo cargo de Coordenador-Geral para Assuntos Parlamentares da mesma pasta.

Segundo o Portal da Transparência, Alexandre Morra também já atuou no governo federal em 2011, vinculado ao Ministério da Economia, durante o governo Dilma Rousseff. Em 2016, atuou como superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados, até ser exonerado pelo ex-presidente Michel Temer durante sua gestão interina.

Nesta quarta-feira, o governo federal também publicou a portaria interministerial que prorroga os convênios da Funasa que estão por vencer. Há 811 contratos que venceriam ao longo de julho, agosto e setembro. Cerca de 800 municípios com até 50 mil habitantes corriam o risco de perder mais de R$ 1,2 bilhão em investimentos caso os contratos não fossem resguardados.

Objetivo do Centrão

O órgão, recriado pelo Congresso após alteração de Medida Provisória, é cobiçado por partidos do Centrão, como o União Brasil. Por 30 dias, ele terá uma comissão técnica, subordinada ao Ministério da Gestão e da Inovação, para "elaborar proposta de modernização e reestruturação" do órgão.

O acordo costurado entre o governo federal e os partidos previa que durante a vigência desta comissão, a Funasa seria comandada por um presidente interino, que teria um perfil técnico, sem indicação política. O acordo chegou a ser antecipado pelo deputado federal Danilo Forte (União-CE).

— Não, União não vai indicar ninguém, os partidos não vão indicar ninguém, as indicações são técnicas

Só depois haverá uma adequação da estrutura e, também, a possível indicação política pleiteada por parlamentares para o comando da Funasa. Parlamentares de PP, União Brasil e PSD desejam que a estrutura volte ao Ministério da Saúde, pasta que abrigava a fundação até o ano passado.

As legendas desejam retomar a influência que tinham sobre a estrutura até o ano passado. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o PSD indicou o comando nacional da Funasa e PP e União Brasil também tinham influência sobre diretorias e superintendências estaduais. Já o governo fez chegar aos parlamentares que prefere que o órgão fique na alçada do Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho, do MDB

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