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Governo não vai interferir em investigações sobre Flávio, diz Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública disse que não há nada conclusivo sobre o caso e que o governo nunca vai interferir no trabalho dos investigadores

Sérgio Moro: Juiz sai da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba na próxima segunda-feira (19) (Daniel Derevecki/Reuters)

Sérgio Moro: Juiz sai da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba na próxima segunda-feira (19) (Daniel Derevecki/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 13h48.

Davos - O governo federal não vai intervir na investigação sobre transações financeiras atípicas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e ex-assessores dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, disse à Reuters o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nesta quinta-feira.

Moro disse, em entrevista no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que a investigação que envolve o filho do presidente Jair Bolsonaro está em fase preliminar e vem sendo conduzida normalmente pelos promotores do Rio de Janeiro.

"Essa é uma investigação preliminar, não há nada conclusivo sobre isso e no momento o caso está nas mãos dos promotores estaduais. Então, eles estão fazendo seu trabalho de maneira normal", disse o ministro.

"O governo nunca vai interferir no trabalho dos investigadores ou no trabalho com promotores", acrescentou o ministro, na entrevista concedida em inglês.

Flávio Bolsonaro, que é deputado estadual e assumirá o mandato de senador em fevereiro, afirma não ter cometido qualquer irregularidade.

Segundo reportagens, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro.

Além disso, um ex-assessor de Flávio, o motorista Fabrício Queiroz, também é investigado por movimentações atípicas identificadas pelo Coaf no valor de até 7 milhões de reais em três anos.

Moro também defendeu, na entrevista à Reuters, o decreto sobre posse de armas recém-editado pelo governo, dizendo que a medida "não muda muito" a legislação anterior, uma vez que diz respeito apenas à posse de armas e não ao porte. O ministro reiterou que não há planos em sua pasta no momento de propor qualquer nova mudança no controle de armas.

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