Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 20h13.
Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta terça-feira, 26, que o governo não recebe nem com "nervosismo" nem com "surpresa" o resultado da pesquisa Ibope encomendada pelo Estadão e pela Rede Globo.
De acordo com Carvalho, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, tem "muito mais que se preocupar" com o novo cenário eleitoral.
Segundo o ministro, não há hipótese de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir a cabeça de chapa do PT.
O levantamento mostra a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, com 34% das intenções de voto, seguida de perto pela candidata do PSB, Marina Silva, que aparece com 29%, diferença fora da margem de erro máxima, de 2 pontos porcentuais. Aécio Neves soma 19%.
Num eventual segundo turno, se as eleições fossem hoje, Marina Silva venceria Dilma: a ex-ministra do Meio Ambiente tem 45% das intenções de voto contra 36% da petista.
"Penso que qualquer pesquisa neste momento tem de ser tomada como algo provisório. De 7 a 10 de setembro, teremos cenário melhor. Não tem nervosismo nem surpresa", avaliou o ministro, após dar aula inaugural no câmpus de Planaltina do Instituto Federal de Brasília.
"Os trackings diários já mostravam a subida de Marina. Acho que Aécio tem muito mais que se preocupar porque pode ficar fora do 2º turno. Da nossa parte é tocar a vida", comentou o ministro.
Estratégia
Carvalho afirmou que não vê motivos para alterar a estratégia da campanha à reeleição de Dilma daqui para frente.
"Estratégia é ir pra TV e mostrar os nossos projetos, temos autoridade de mostrar o que realizamos, temos condição e autoridade de falar do futuro. Mostramos capacidade efetiva de mudar a vida das pessoas e Dilma está credenciada para isso", afirmou o ministro.
Para Carvalho, a presidente será reeleita, mas não será fácil. "Aliás, nunca foi fácil (a reeleição)", ressaltou.
Sobre o coro de "Volta, Lula", o ministro disse que quem fica fazendo fofoca tem de "parar e trabalhar por Dilma". "Não há hipótese (sobre volta de Lula nesta eleição), temos plena confiança em Dilma", reiterou o ministro.