Dilma com Aldo Rebelo, que assumiu o Ministério dos Esportes após a saída de Orlando Silva (Evaristo Sa/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2012 às 15h06.
São Paulo - Dias depois de levar o pior puxão de orelha da Fifa desde que se comprometeu a organizar a Copa do Mundo de 2014, o governo brasileiro enfrenta agora denúncia de que não dá a devia atenção nem as obras dos estádios onde os jogos vão acontecer.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada neste domingo, desde que um contrato com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) para inspeção das obras terminou, no fim de 2011, as inpeções in loco dos estádios deixaram de existir.
À Folha, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse: "Tem um sistema de monitoramento que é feito por um consórcio. Há engenheiros envolvidos.” “Estamos pensando em qual é a estrutura ideal", disse o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ainda de acordo com a Folha, o atual monitoramento não inclui a visita de engenheiros aos estádios.
Dura
Na sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, endureceu o discurso. "O grande problema que temos no Brasil é que tem muitas coisas que não estão sendo feitas. Os estádios estão atrasados e por que está tudo tão atrasado?", perguntou Valcke. O dirigente também chegou a sugerir “um chute no traseiro” dos organizadores para que Copa caminhasse mais rápido.
Até agora, o único resultado que a bronca de Valcke deu foi a ira do governo contra ele. "O governo não aceitará mais o secretário-geral como interlocutor da Fifa", disse Aldo Rebelo em entrevista coletiva.